quarta-feira, 30 de julho de 2008

Como ouvir um podcast?

Incluindo o podcast Bruxaria Italiana para ouvir!

Fonte: http://www.teiacast.com.br/


Como ouvir os podCasts?

Para quem possui um iPod, o software iTunes é capaz de gerenciar podcasts e carregar o player, basta se inscrever no Feed RSS. Mas é possível baixar os podcasts em softwares gerenciadores gratuitos, e ouvi-los em programas como Windows Media Player e WinAmp, ou então carregá-los em MP3 players. Estes gerenciadores, de um modo geral, possuem as funções de pesquisa, organização em diretórios, downloads, e atualizações automáticas programáveis de podcasts. E um dos melhores gerenciadores existentes é o Juice Receiver 2.2 (antigo iPodder), software livre concebido pelo próprio Adam Curry, com versões para Windows, Linux, e MacOS. Você tambem pode baixa-los direto dos links do site (podendo usar aceleradores de download, inclusive) ou mesmo ouvi-los no próprio site, quando este permitir.

Mas para “assinar” o podCast é necessário cadastrar estes programas no agregador para que a atualização aconteça automaticamente. Assim, o usuário deve entrar na página de um podCast, clicar com o botão direito no link “RSS” ou “XML”, selecionar a opção “copiar atalho” e colar o endereço selecionado no agregador. Do computador, estes arquivos podem ser transferidos para tocadores portáteis.

Mas por que eu vou ouvir podCasts?

Por que os podCast são livres. Permitem que qualquer pessoa fale sobre o assunto que quiser, sem ficar preso a regras e ordens de terceiros. Existem diversos podcast sobre os mais variados assuntos possíveis. E esses assuntos vocês não vai encontrar em nenhuma rádio ou telelvisão!
Além disso, as pessoas que fazem ospodcasts são pessoas como você: pode ser que seus tios, primos, amigos, professores, alunos e quaisquer conhecidos seus estejam fazendo seus próprios podcasts neste exato momento!

Que tal ouvir algo diferente das músicas? Que tal aprender sobre informática no ônibus? Que tal entender as séries do momento enquanto espera na fila do banco? Quer ouvir músicas que você não ouve nas rádios comerciais? Que tal ouvir gente como você onde você estiver? Esta é a idéia dos podcasts. Pegue-os e ouça onde quiser e quando quiser! Onde mais você poderia fazer isso?

O feed do Bruxaria Italiana para Ouvir é http://web.me.com/dichiaroluna/stregoneriapod/Podcast/rss.xml

terça-feira, 29 de julho de 2008

Vesta dos nossos fogões

Nestes tempos em que pensamos no fogo que aqueceu o Inverno, que nos uniu e nos deu alimento, chega a hora de agradecer aquela que nos aconchega com seu calor: Héstia, também chamada de Vesta, a deusa do fogo e da lareira, a que zela pela manutenção das famílias e da ancestralidade.

Héstia é uma das filhas de Cronos e Rhea. Irmã mais velha dos outros e, consequentemente, primeira a ser engolida pelo pai e última a ser liberta pelo irmão Zeus. Depois que seu irmão caçula conquistou o poder, ela assumiu seu lugar entre os olimpianos.
Quando seu sobrinho Dionísio chega ao Olimpo e reclama seu lugar junto aos deuses, Héstia cede sua cadeira e seu posto e pede ao Tonante que sua morada seja, agora, a lareira das famílias. Assim, a deusa se muda para a casa das famílias, para o fogo doméstico, para cuidar mais de perto de seus domínios.

Essa é a segunda concessão que Zeus faz à Héstia. A primeira é quando ele permite que ela seja sempre virgem. Nada mais adequado para a deusa que cuida da família, já que nas sociedades gregas e romanas a mulher, quando casava, tornava-se parte da família do marido e passava a ser sacerdotisa de sua religião doméstica. Uma mulher virgem, sem marido, continua sendo parte da sua família e, assim, continua prezando por ela.

Héstia toma conta de sua divina família, dos filhos e netos de Cronos. E toma conta, também, do nosso fogão e do nosso fogo doméstico, que aquece a casa, que cuida do lar, que nos mantém juntos no Inverno.

Mais sobre Ela no Theoi Project e no A Muse-in-Grace-Gallery

Arruda e Ruta Graveolens - de Márcia Frazão

Hoje passeiei por ai e encontrei um posting no blog da Márcia Frazão que fala de pessoas bruxas, que nem sabem, não querem ou tem medo de bruxas...

http://marciarfrazao.blogspot.com/2008/06/arruda-e-ruta-graveolens.html

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre altares, oratórios e santuários...

Estive navegando pelo Flickr pela maior parte da tarde. As palavras chaves variaram entre shrine, altar, pagan, goddess, porque estou olhando altares. Amo olhar altares no Flickr.


Então, eu estou reparando algumas coisas sobre altares:


  • quando tudo o mais falhar, as figuras de resina são suas amigas. Você consegue símbolos de tudo! Um lindo veadinho para um altar de Ártemis, um Anúbis com cinco centímetros de altura, uma fada simpática ou um anjo que pareça um Lare – tudo. Os objetos mais inimagináveis de resina podem ser usados como símbolos de devoção. E eles abarcam acho que a maioria das culturas do mundo.

  • Não conseguiu uma imagem que queria? Imprima ou mande revelar, e coloque no porta retrato mais bonito que puder achar. Vai ficar lindo, eu garanto. Mas se a coisa for de momento, se precisa ser para agora, imprima e cole na parede com fita adesiva. Eficiente, rápido, bonito.

  • Echarpes e xales são as melhores toalhas de altar do mundo. Eventualmente até cachecóis podem servir. Mas também fique de olho em colchas de retalho. Elas podem ser exatamente o que você precisa.

  • Móveis velhos são perfeitos para altares. Você pode customizar, entalhar, pintar. Ou deixar exatamente como eles são, e vai ficar lindo. Aliás, existem mesas e prateleiras que parecem ter sido pensadas pelo fabricante para virar altares e oratórios.

  • Casas muitas vezes tem “cantos” que fazem questionar a sanidade do arquiteto. Espaços totalmente inúteis que ficam em lugares muito visíveis, mas que por algum motivo não são racionalizáveis no conjunto. Possivelmente esse é o lugar onde um altar central da casa ficará perfeito. Mesmo que ele tenha vinte centímetros de largura.

  • As coisas da sua avó com certeza tem um objeto interessante de altar. Aliás, objetos dos baús de guardados da família toda sempre tem coisas interessantes. Inclusive colares e broches quebrados da sua mãe podem ser transformados em objetos rituais lindos. E eficazes...

  • Altares dizem muito sobre você. Alguns são repletos de milhares de objetos. Alguns, são de um estoicismo comovente. Embora existam semelhanças pelas tradições / deidades envolvidas (altares xamânicos costumam ter mais objetos, por exemplo), é tudo muito pessoal. Uma garrafa azul e um castiçal em forma de folha pode ser um altar, assim como 60 pedras, 48 conchas, uma estrela do mar e doze esculturas simbólicas de divindades também podem ser um altar – com o mesmo significado. Se você tem um pezinho no flower power, seu altar vai ter um toque hippie, mesmo se for para Hades. Se você é um fuzileiro naval, é quase certo que seu altar vai ser um bocado cheio de pequenas regras, e não é nada impossível que você tenha uma bandeira do seu país nele...

  • Precisa ser prático – seja lá o que for que você entenda por prático.

  • Altares externos tendem a ser mais simples. Não assusta os vizinhos nem estraga com a chuva.

  • Alguns altares são definitivos. As mudanças neles são raras ou muito graduais, eles são fixos, um ponto de referência. Outros são pequenos mutantes saltitando pela casa, mudando de forma e lugar com a passagem das estações, ou as flutuações de humor.

  • Não são só os neo pagãos que fazem altares. Católicos, budistas, artistas plásticos, fans do Kiss. Todo mundo faz altares.

  • Sua Deusa não vai ficar mortalmente ofendida se você realmente acha que aquela Nossa Senhora é perfeita para representa-La. Se santos fazem parte da sua história, absorva e use.

  • Fotografe. Você vai fazer mudanças cedo ou tarde, e vai querer ter esse registro. Aliás, olhar as mudanças em seus altares é um ótimo meio de enxergar as mudanças e evoluções no seu caminho.

  • Vasculhe lojas que vendem estátuas de gesso para artesanato, brechós e coisas do tipo. Uma imagem genérica de mulher com túnica grega pode virar a divindade que você precisa. Um castiçal com uma mulher em estilo ars noveau pode ser a Brigid que você procura.

  • Pensar em objetos para um altar é como pensar em presentes. Pense no que o objeto de devoção (seja divindade, antepassado, santo, o que for) ali presente gostaria de ganhar– um colar, uma peça de arte, uma faca, um cachimbo, uma pedra? É esse o rumo mais fácil para construir um altar que te deixe satisfeito.

  • Pequenos oratórios podem ocupar lugares variados pela casa. A decoração de uma mesinha de canto pode transformar aquele espaço em um oratório.

  • Hand Made. Objetos feitos por nós, especialmente para aquele uso, são uma constante. Seja uma imagem, um queimador de incenso, uma pintura ou o que for. Madeira, vidro, cerâmica, tinta, e também papel, tesoura, biscuit, canetas gel... de maneira elaborada ou tosca, er seu toque pessoal torna aquilo melhor.

  • Visual é, positivamente importante. Mas o altar é o foco para algo superior e maior do que ele. Então, não adianta encanar porque seu altar não parece feito pela Martha Stewart.

  • Fazer pequenos oratórios de acordo com a passagem das estações do ano pode ser ótimo se você não pode ter um grande e chamativo altar por algum motivo.


Calro que isso são só algumas anotações, baseadas em muitas fotografias e menos texto do que eu gostaria. Muita gente publica seus altares sem uma única palavra sobre eles. Mas acho que podem ser anotações úteis...rs



Eu podeira postar centenas de links aqui... mas é só buscar no Flickr, Deviantart, ou até no Google imagens, e eu garanto que a viagem vai ser interessante...

domingo, 20 de julho de 2008

Do último dia de curso

Esta semana tivemos a última aula do curso de Bruxaria Italiana do Espaço Viver Alternativo.

Semana passada havíamos combinado que faríamos um ritual para a lua cheia e, nele, energizaríamos objetos que seriam nossos protetores contra o mal olhado.

As conversas começaram a hora que eu me sentei com as meninas. Elas vieram me mostrar o que haviam comprado para esse momento. Tesouras e nazars foram as nossas vedetes e nosso padroeiro, o Protetor de Têmis.

Com as palavras que eu ouvi do Quiroga essa semana, não pude deixar de pensar como a Lua Cheia seria importante para esse momento. Um momento de preservar nossas famílias e de querer e de galgar mais longe. Foi nessa toada que seguimos o nosso dia com pimentas, cravos e uma linda espada.

E em nossa manifestação ritual, cada uma de nós pôde tomar um papel... Aliás, muito obrigada à Carol por me ajudar tanto na limpeza e no trazer das ondas do mar num pilar do templo; obrigada a Aglaia Madora por trazer a força e a constância da terra num outro pilar do templo; e à Eliane, que teve sua primeira experiência numa construção como essas e trouxe a limpeza e a consciência do ar lindamente!

Quando podemos estar juntas entre paredes tão seguras e sob um céu tão aberto, as diferenças aparecem, as similaridades afloram e muitas idéias se colocam.

Sabe, dar um curso tem claro há ver com um trabalho, com um construir de conhecimentos, inclusive de trocas, afinal de contas, não foi um curso gratuito. Mas tem muito mais a ver com dedicação de tempo, de atenção e de energias. E nisso, como eu aprendo. Como eu olho para as pessoas e as admiro em suas vontades de ir além e, principalmente, de exporem o que pensam.

E o dar seus pensamentos e idéias é um presente muito valioso... obrigada, meninas, pela confiança, pelo carinho e pelo compromisso.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Trabalhando para os deuses

De vez em quando eu me reúno com amigos para ritos ou celebrações - incluindo, obviamente, as duas streghe que também escrevem neste blog. E, de todas as vezes que nos encontramos na minha casa, para algum tipo de trabalho, uma questão sempre ficou na minha mente: quando, efetivamente, começa nosso trabalho para os deuses?

Ao pensae em trabalho para a divindade, imediatamente pensa-se no que é mágico e ritual. Mas antes do rito, eu sempre tenho várias coisas para fazer: varrer, lavar, passar pano no chão, fazer uma comida (para a divindade e para nós), organizar o espaço do ritual, começar a preparar o altar - que sempre é terminado com a coletividade -, ir ao mercado, etc.

Além disso, tem a outra parte. Eu preparo a casa, faço meus procedimentos de proteção, firmo meus deuses, tomo um banho para preparar meu corpo, escolho a roupa mais adequada. Essa última parte é mais focada na intenção, mais específica, mas não diminui a importância da primeira.

Afinal, eu não quero ritualizar em um lugar feio e sujo! Nem meus companheiros! Meus deuses também não querem ver desleixo e descaso! Eu também não quero que nada saia errado e por isso preparo a área do altar. Faço a comida, um oferecimento nosso à deidade, e com isso uso tempo, uso mão de obra, uso conhecimento - e uso a minha mãe para dar uma ajuda... rs

Sábado foi assim. Nos reunimos para um rito e eu passei o dia todo cuidando disso. Deixei de ver meu namorado, de fazer a minha unha e me dediquei às compras, à comidinha, à misturar e colher ervas, à arrumar e limpar meus caldeirões, à limpeza do hall da escada e do banheiro. Não me arrependo, porque sei que tudo isso foi essencial para o que tomou lugar à noite.

Eu acho, na verdade, que esse tipo de coisa faz parte da nossa dedicação e do nosso trabalho por eles e para eles. Acho que faz toda a diferença quando você simplesmente limpa e quando você limpa porque usará o espaço em honra a um deus. Essa parte da coisa é algo sobre a qual raramente ouvimos falar, um trabalho de bastidor, algo que ninguém se lembra na hora "h", mas que é essencial para que tudo dê certo e para que o serviço saia bem feito.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Livro das Sombras da Dani Sales

A primeira a participar da nossa campanha e contar sua experiência com Livros das Sombras foi a Dani Sales, bruxa verde dona do blog Mulher Verde . O legal da experiência da Dani é que ela mantém vários cadernos, cada um com um tema.

Aí vai a o texto explicando tudo. E a foto do principal BOS, o de receitas.
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"Preciso confessar que sou a louca do BOS (rs). Eu tenho vários, um para cada finalidade.

Meu primeiro BOS foi um caderno com o Ursinho Pooh (que na minha época se chamava Puff mesmo) e meus primeiros registros foram trechos do livro da Laurie Cabot, “O Poder da Bruxa”. Nele comecei a colocar orações para a Deusa que eu achava bonitas e também os escritos relacionados ao curso de Afrodite que fiz com a Patricia e a Soraya. Chamo de “Caderno da Deusa”, pois lá há várias informações sobre Ela e suas faces.

Tem também o BOS herbal, em que eu anoto tudo relacionado a herbalismo mágico, usos terapêuticos de ervas etc. Ele é um caderno pequeno, com flores na capa, e já está acabando. Então eu comprei um outro caderno igual para dar continuidade ao BOS herbal, mas ele sumiu (rs). Agora eu uso um caderno com umas folhas verdes na capa e papel reciclado.

Tenho também um caderno laranja só para o assunto “espiritualidade feminina”. Ele começou quando tinha aulas sobre o assunto com Bia Nathus Dea, mas que infelizmente foram interrompidas depois de um mês. Lá também tem coisas sobre menstruação e magia lunar.

O diário menstrual que a Luciana Galli fez para mim abriga meus escritos em épocas de lua. Um outro, que ganhei na reconsagração do ventre, aguarda para começar a ser escrito assim que o que a Lu fez acabar.

Também há os diários, em que anoto sobre os passeios com a família, os problemas, os anseios...

Outro dia fui procurar um caderno para fazer meu art journal (que eu considero mais um BOS). Achei um (ou ele me achou) com capa preta e, em letras garrafais, escrito “Be Yourself”. Nada mais apropriado!

Ah, e o BOS “oficial” é um caderno lindo que a Teresa Modro fez (e cuja capa eu fotografei). Nele eu só coloco feitiços, como se fosse um “livro de receitas”. Tudo nele é anotado à mão, ao contrário dos meus outros BOS, que têm neles minha letra e bastante papel colado. Sempre penso que, no futuro, quando eu morrer, esse livro será do meu filho. Por isso capricho na seleção dos feitiços e na letra. Afinal, é um legado."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

LANÇAMENTO! Podcast sobre Bruxaria Italiana

Um novo projeto streghe... um pequeno programa que fala sobre Bruxaria Italiana.

No primeiro episódio, as idéias por trás de Stregoneria, Stregheria e Benedicária.

Para conferir, acesse: http://web.mac.com/dichiaroluna

Espero vcs por lá!

Da primeira parte do curso que estou ministrando


Este sábado dei a primeira parte do meu curso sobre Bruxaria Italiana. Foram 4 horas muito interessantes. Levei uma apostila com algumas idéias e conceitos, por exemplo, o que é Bruxaria, Magia e Feitiçaria ou por que existe Stregoneria e alguns dizem Stregheria. A apostila é interessante e, embora seja curtinha, traz algumas idéias sobre os principais pilares da Bruxaria Italiana, como os cultos, os ancestrais, a devoção aos deuses.

Mas, acreditam que eu mal e mal abri a apostila?

Dentro do grupo, havia pessoas que buscavam, cada uma dentro de uma linha... uma mais curiosa... outra querendo somar conhecimentos... mas todas buscando coisas a mais, pensando no que é o intocado, o obscuro.

O que eu acho que foi o mais gostoso desse encontro foi que as pessoas se colocaram e participaram como poucas vezes eu vi.

Em termos de entendimento, me pareceu que as coisas iam sendo ditas e assim, complementadas pelos outros, ajudando cada um a construir novos conhecimentos.

Perguntas muito interessantes surgiram... E como sabemos que os Deuses nos favorecem?

E será que realmente Eles ouvem o que dizemos?

E quem busca algo que não tem nome?

Uau... foi uma delícia pensar junto sobre tudo isso...

Semana que vem, vamos fazer uma celebração para a Lua Cheia e energizar um objeto contra o mal olhado.

Ah, é... por fim, lemos uma história da Strega Nona para conhecer o básico das senhoras sábias da Italia. Que gostoso ouvir histórias!

Semana que vem, tem mais!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Atualizações no site Stregoneria Brasileira

Atualizações de julho:

- Texto: EU APRENDI... uma pequena lista de coisas que aprendi nesses anos bruxos de práticas e estudos.

- Prática: TRABALHANDO COM LOURO E FOGO... um video com um feitiço interessante a Apollo.

- Agenda: curso de julho e a palestra de agosto... Ritos Lunares.

- Link: para o blog da Diana Grayfox, da Clarian Tradition.

E uma super novidade, muito breve!  Aguardem a surpresa!!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Campanha Livro das Sombras


Depois da palestra sobre Livro das Sombras, eu tenho ouvido umas coisas ótimas.

Então fica aqui aberta a campanha, MOSTRE SEU LdS, BoS, LdM... enfim... seu suporte de registros.

Essa imagem é do meu novo BoS (adoro em inglês, Book of Shadows). Comprei numa papelaria perto do trabalho. Ele tem 100 folhas e suas páginas são de papel canson, que não marcam quando uso canetinha ou caneta de gel.

Eu tive um de 200 folhas, um livro ata. Ficou comigo por 6 anos... de 2002 a 2008. Agora, estou com este. A diferença é que esse não tem pauta e assim, fica melhor pra desenhar e escrever e colar... e se divertir.

Se vc se interessa em mostrar e contar um pouco do seu LdS, nos mande um mail com uma foto e um pequeno texto sobre ele, que vamos publicando. Meu mail: dichiaroluna@yahoo.com e o da Inês bruxaraven@hotmail.com

Comidinhas que combinam com o Inverno

Eu odeio frio... doem meus ossos, meus dedos, meus músculos... MAS é inegável que é um momento de uma culinária mais sofisticada. Assim, pensei que combinam com o inverno:

- Pinhão. Vindas direto do sul, quando bem cozidinhas, vão com arroz e se faz até um purê doce pra comer com maçã. Uma dica boa é quando vc for cozinhar o pinhão, faça pequenos cortes na pontinha deles - sim, um por um - para que a água entre melhor... o cozimento diminui em tempo e eles ficam mais macios. Se for esquentá-los depois de prontos no microondas, coloque um pouco dágua para não ficar ressequido.

- Brownie. É um bolo de chocolate americano que vale a pena... ele é massudo e vem com nozes... quentinho e com sorvete, é tudo!

- Sopas. Uma que eu gosto muito de fazer é uma espécie de caldo em brodo... É uma sopa que tem pedacinhos de frango e capeletti. Cozemos o peito de frango com os temperos para deixar a carne bem gostosa. Eu gosto de alho, cebola refogada, salsinha, sal fino. Quando o peito fica pronto, tira e corta em cubinhos, a água temperada ganha os capeletti que vão cozinhar nela o resto do tempo. Quando estiver tudo pronto, podemos escolher se queremos mais ou menos caldo... aí, é só colocar mais ou menos água pro cozimento da massa. Quando está tudo prontinho, colocamos tudo na panela. Eu adoro servir com cebolinha fresca e pimenta do reino.

Imagem: comida de bruxa, pinhão com rã heheheheh

domingo, 6 de julho de 2008

Palestra sobre Livro das Sombras

Ou porque é importante registrar.

Na Tarde de Instrumentos Mágickos do Espaço Viver Alternativo, conversei por 50 minutos sobre o Livro das Sombras.

Na verdade, nem importa muito o nome que esse suporte tenha. Suporte porque é nesse local que pode ser colocado o que fazemos, os nossos registros. E em termos de suporte, podemos estar falando de livro ata, cadernos dos mais variados, folhas digitadas coletadas juntas, fichários, desenhos. O suporte é apenas um meio... entre nossas experiências e a posteridade... é o nosso mapa que marca nossos passos... uma areia que mostra por onde caminhamos e o que vimos.

O começo da conversa foi sobre língua. Língua materna e o processo que passamos para nos alfabetizar e como isso pode ser maravilhador ou traumático, pois o que se dá em nossas mentes pode começar quando temos 5 anos e terminar plenamente aos 8... mas isso é mt relativo, quer dizer, vai da facilidade e muito, muito mesmo, da prática. Aprender a ler e a escrever é uma questão séria de prática.

E ai vem o lance de ler e de escrever. E que privilégio é esse, uma vez que há 100 anos nem todos liam e escreviam e pouco tinham de acesso às informações que temos. Informática, Antropologia, História, Espiritualidade... quantas coisas que o fim do século 20 nos garantiu e que nós, muitas vezes, temos como dado, apenas como mais uma parte da nossa realidade.

Assim, os livros da sombra, os registros mágickos não são tão comuns em termos das práticas de nossos ancestrais quanto gostaríamos, e por quê? Porque não sabiam como ler e escrever, ou onde. E assim, muitas coisas foram repetidas tantas e tantas vezes para poderem ser decoradas e guardadas, na mente...

E no fim das contas, por que tudo isso é importante? Bem, porque marcam o caminho que fazemos. E sempre que olhamos para esse caminho, para essas marcas podemos fazer reflexões, pensar sobre o que pensávamos e o que fazíamos e porque ainda fazemos e porque não fazemos mais.

É avaliação. É construção de novos conhecimentos. É autoconhecimento... somos nós, ali, colocados em letras, em frases... algumas vezes em desenhos.

Eu penso que não tanto pela linguagem, e sim pela língua. Pelo domínio daquilo que queremos expressar, nem que não seja totalmente racionalizado, mas que fique por ali, nos lembrando do que aconteceu.

E no fim, uma discussão subiu e acho que vale colocar. Quão importante é o como se escreve?

Algumas pessoas colocaram que acham muito importante que haja necessariamente a interação entre papel e caneta, e que o escrever a mão é que deixa impresso no suporte o sentimento do que se passa.

Outros, que a escrita vale sendo diretamente no suporte, ou seja no virtual... Ter um livro com seus registros digitados... e se necessário, imprimi-los.

Eu não sou uma pessoa purista... não acho que uma coisa tem de ser exatamente de um só jeito... algumas sim, pq simplesmente são assim que são, tipo Gravidade ou Digestão, mas nesse caso, bem, o processo mental é o mesmo. Você precisa organizar um pensamento e depois fazer duas coisas... aplicar-se a um desenho feito pela sua mão ou fazer sua mão buscar um desenho que tem o mesmo significado num teclado. É o que os que escrevem em Braille fazem...

Eu não acho que tem de ser um jeito ou do outro... mas acho que é importante haver o compromisso consigo de fazer e de se lembrar do que foi para melhor planejar o que vai ser .

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Chama e o Inverno

Fiz esse texto lá para a lista, mas deu vontade de vê-lo por aqui também. São algumas reflexões sobre a ligação entre o Inverno e a Chama Ancestral de nossos altares.

Estamos chegando na metade do Inverno. O Sol vai ficando cada vez mais forte e o frio vai passando – pelo menos aqui no Sudeste do Brasil. Isso significa que, daqui a pouco, a Primavera começará e, para muitas sociedades agrárias, chegaria a hora de arregaçar as mangas, cuidar da plantação e pensar na colheita do Verão.

Por aqui, olhando pela janela para a Avenida Paulista, estou sentindo o solzinho mais forte e pensando, com minhas queridas amigas, o que podemos fazer para celebrar esse período. E o que ocorreu para nós, apesar de algumas diferenças, foi o retorno do fogo, a inspiração, a renovação e o calor. E pensamos em Vesta (ou Héstia). O que imediatamente me remete à chama ancestral dos nossos altares.

Segundo muito do que li sobre a prática da bruxaria dentro das tradições italianas, muitas streghe usam uma chama no centro do altar, para lembrar os ancestrais. É o fogo, o sangue que mantém viva a chama da tradição - e acho que tem gente que pode falar disso melhor do que eu...

Nos meus ritos, sempre há essa chama no centro do altar. Ela é dedica à Vesta e fica aos pés de Júpiter, entre os dois deuses principais do meu culto, Ceres e Marte. Ela representa essa chama, esse elo que me liga aos meus ancestrais, próximos ou distantes, de sangue ou de alma - os que vieram antes de mim e mantiveram a tradição viva, de maneira que eu pudesse, hoje, estar na presença dos deuses graças ao legado deles.

Todo o fogo do altar sai dali, tanto das velas dos deuses quanto do fogo que acende o incenso. No pequeno caldeirão de Vesta é onde queimo as oferendas dos deuses. Além do altar, tenho também um caldeirão para ela no centro da casa e, de vez em quando, uma vela na cozinha. Para esses dois, o fogo sai do fogão, não da caixa de fósforos.

E aí? Qual a sua relação com a chama que alimenta nossos altares e nossa ancestralidade?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Indicação no "Diana's Muse"

Recebemos mais um reconhecimento, no mínimo, insólito. Diana Luciano, strega norte-america e autora do blog "Diana's Muse", nos indicou em sua lista de links. É muito legal receber esse tipo de reconhecimento, de pessoas que a gente nem conhece, mas que descobriram nosso espaço lá do outro lado do Equadro.

O blog dela está agora está em nossa lista de links "Mais Stregheria" aqui do lado. Já virei freqüentadora...

Thank you very much, Diana!

terça-feira, 1 de julho de 2008

De como algumas coisas chegam ao fim

Hoje aconteceu algo, no limite, inusitado. A comunidade Bruxaria Italiana que era parte do "conglomerado" StregoneriaBrasileiraStregheriaPráticaComunidadeBruxariaItaliana, teve seu fim.

Na verdade, não sabemos muito bem o que aconteceu e precisamos dizer que ficamos chocadas com o ocorrido, afinal de contas mais nada foi mexido, além da deleção (nossa, existe isso em português?) da comunidade. Sentimos muito mesmo por tudo que havia por ali em postings e histórias e membros dos mais antigos e suas experiências.

Mas, sentimos que a vida segue. 

Não pretendemos fazer outra comunidade, mas o blog continua, firme, forte e faceiro. E a lista do Yahoo Groups continua aberta às nossas conversas.

É isso... às vezes, as coisas terminam... bola pra frente!

Pietra, Inês e Sarah