domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um pouco sobre Ares

A Ametista - que tem aparecido bastante por aqui ultimamente :) - deixou um comentário no nosso mural perguntando sobre Ares. Nós três aqui do blog mantemos devoção por ele, mas eu resolvi fazer um post contando um pouco da minha experiência.

Ares e Deméter apareceram na minha vida na mesma época. Só que, enquanto o culto a Deméter demorou mais para se estabelecer e é tem uma característica sazonal, exigindo diferentes ritos, oferendas e posturas de acordo com a estação do ano, o de Ares foi mais fluido. Seu culto é relativamente simples, mas exige dedicação e muita disciplina.

Vejam bem, relativamente. Na prática, nenhum culto a nenhum deus é simples, porque mais cedo ou mais tarde eles nos levam para caminhos de auto-conhecimento e de trabalho que podem dar uma certa dor de cabeça.

Mas, voltando a Ares...

Obviamente, ele é um deus da guerra, mas muito diferente de Athena. Ele é tido pelos gregos como "O Sujo de Sangue", o deus que se alegra na batalha e na carnificina. Ares é o deus do furor da batalha e, segundo Homero, ele não vê amigos e inimigos, apenas luta porque gostado sangue e da matança. Para os gregos, ele não possuía os atributos estrategistas e sábios de Athena, porque ele é outro aspecto da guerra.

Ele é um deus de violência, de raiva, de paixão, de proteção, de disciplina e de força. Cultuar Ares é entender que a guerra é necessária para o mundo, e que nós travamos pequenas batalhas todos os dias.

O culto a Ares vai levar o devoto a ter essa compreensão. Mas também vai levar a muitos aprendizados sobre coragem, força e disciplina.

Quem tem um texto muito bom sobre Ele é a Alexandra, do Reconstrucionismo Helênico no Brasil. Pode ser lido na seção de Mitologia do Tribos de Gaia, clicando aqui.

P.S.: recuperei um dos textos perdidos... o outro já era... :(

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Resultado do sorteio do livro!

Acabei de fazer o sorteio do livro "Aradia - O Evangelho das Bruxas".

Das 22 pessoas inscritas, a vencedora foi a dona do comentário nº 14: Georgia Cavalcante!

Entrarei em contato por e-mail hoje, e a vencedora tem sete dias para responder. Caso isso não ocorra, faremos o sorteio novamente.

Esta aí o print da imagem, para vocês conferirem a veracidade do sorteio.


Parabéns, Georgia! :)

Depois faço um post respondendo aos comentários do post original com ideias e sugestões. Não quis fazer lá para não atrapalhar a contagem do sorte.

Da concepção de Ares

De Lária. Tradução livre minha.
http://eternalhauntedsummer.com/index.php?p=1_17_The-Conception-of-Ares

A concepção de Ares

Ela passou suas mãos sobre seus ombros nus e beijou seu pescoço. Ele, cansado de trovejar, só pode levantar suas mãos em meio protesto. Não deveríamos – os outros – Hera, seja razoável, ele sussurrou, antes que ela beijasse seus protestos de seus lábios e levou seus dentes ao nariz dele. Ele colocou suas mãos em seus cabelos, e sobre sua pele alva, e a beijou. Os tecidos dos tronos foram ao chão, junto com seus corpos que entravam em harmonia e o rei e a rainha dos deuses se amavam de novo.

Eles eram apaixonados. Ele não podia resistir a ela; e ela sempre tinha prazer em vê-lo novamente. Ela é o semelhante dele – ele rege os homens, ela, as mulheres. Eles viviam e riam e amavam juntos, e geralmente, perdiam dias em seus prazeres. O trovão rugia entre eles, duas forças colossais da natureza juntavam-se, beijando-se e se tocando. Eles não apenas faziam amor: faziam guerra com seus corpos, faziam o caos com suas almas.

Foi sob essa influencia que Ares foi concebido. Hera sentiu sua luxúria pulsando antes que ele nascesse: ele a levou a Zeus, muitas e muitas vezes. Os beijos dela se tornaram mais afiados – ela tirava sangue, e não se satisfazia facilmente com o sabor dele em sua boca.

O que estou me tornando? Quem estou me tornando? Ela perguntava a ele, quando ele se distanciava. Seus belos lábios foram cortados pela paixão dela – mas ela não se sentia culpada. A fome fazia seu corpo tremer, fazendo um fogo ir dela para ele, dele para ela e o fogo entre ambos tinha uma chama muito alta. Mas, enquanto Zeus se esquivava desse fogo, se protegendo das chamas, mais ela ia em sua direção.

Eu não sei, ele diz. E isso era tudo. Ela foi para cima dele, com raiva, luxúria e necessidade, e ele a deixou.

De fogo, ele foi concebido; e no fogo ele nasceu: com esse primeiro golpe, com essa primeira batalha, as lanças se levantaram. O olhar de Zeus se perdia enquanto Hera gritava e se esforçava para trazer essa criança à luz. Zeus beijou outras mulheres enquanto Hera segurava seu belo bebê nos braços, o punha ao seio; e Ares se prendeu à pele dela. E enquanto seus dedos firmes agarravam a pele de Hera, Zeus fertilizava um outro ventre.

As nuvens, como sempre, se dispersaram; mas não sem a manifestação da ira de Hera acontecer e uma outra mulher morrer. Ares ria, seus olhos brilhando com amor e ódio, enquanto o olhar de seu pai ia para outro lado. Ele entraram em seus papeis por sua própria conta – ela golpeando, ele retrocendendo – agora isso não poderia ser desfeito. Tudo que Hera tinha para consolá-la era Ares, seu amado Ares; e então Zeus voltou para ela com sussurros de amor, e ela se deixava perder nele novamente.



[Laria é uma polisteísta helênica e assim vem desde junho de 2009. Tem devoção particular a Afrodite-Ananke, Ares e Rhea-Kybele, entre outrs. Ela escreve poemas e ficção há 6 anos e pode ser contatada por email.]

2010 - Ano de Vênus

Mais um ano astrológico desponta... e como há 7 anos atrás, Vênus será a nossa regência até março de 2011, quando a Lua despontará no céu.

O ano de Vênus pressupõe muita criatividade e beleza. Em termos de astrologia, estamos falando do regente dos signos de Touro e Libra. Estamos falando de estabilidade, beneces, bens materiais, beleza (Touro) e de harmonia, equilibrio e um pensamento profundo sobre questões (Libra), e pensando que os lados não tão legais sejam basicamente a teimosia e indecisão. A energia de Vênus é uma que nos traz união, equilibrio, beleza e cuidado com o que é material.

Se pensarmos na deidade Vênus, estamos falando da deusa romana das mulheres, e da grega Afrodite, deusa do amor e dos passos da primavera. Estamos falando de amor, sensualidade, harmonia, mas também de ciúmes, brigas e um sendo estético que pode ser levado para lugares não necessariamente bons ou interessantes.

Em umas pesquisas que eu andei fazendo pela web, tenho notado uma importância especial de Saturno durante 2010, uma vez que ele está sobre o signo de Libra que é um dos regidos por Vênus e acho isso interessante, pois será um ano para entendimento de questões librianas pela ótica saturniana, que é uma de lições e de efetiva estruturação de vida e de responsabilidades. Acho que vai ser, para nós librianos, um ano para aprender que os relacionamentos são feitos de respeito e que tudo que se faz entre nós e os outros exije respeito e alicerces firmes... e acho que esses foram iluminados e mostrados durante o ano do Sol.

Uma previsão mais detalhada para os signos pode ser encontrada aqui: http://delas.ig.com.br/comportamento/astrologia+para+2010+o+ano+de+venus/n1237532715554.html

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Apollo - um Deus de mts faces

Seguindo a ideia da Inês, que começou com os postings de Deméter, sigo com alguns textos sobre Apollo, seu culto e seus muitos jeitos de ser. Esse é o posting 1, para pensar nas andanças do Deus da Luz do Sol e um pensamento de como sua flecha, de origem oriental, turca, muito provavelmente, atinge ao longe... até as terras celtas (provavelmente onde ficavam os hiperbóreos).

Um bom lugar para começar uma pesquisa sobre Ele é pelo Theoi Project e de lá, retirei algumas dessas primeiras informações - e algumas da Wikipedia.

A primeira coisa que eu pensei é como Apollo é um deus de muitas faces e assim, de um culto muito amplo mesmo. Isso quer dizer que além de muitos títulos e formas de culto, Apollo assumiu inclusive muitos nomes em diferentes locais, diferentes nações, da Itália e da França celta e em parte da Austria.

"Apollo, como outras deidades gregas, tinha um número de epípetos que se referiam a ele, refletindo uma variedade de papéis, trabalhos e aspectos dados ao Deus. Porém, enquanto Apollo tem tantos nomes na mitologia grega, poucos aparecem na literatura latina (romana), a qual encontramos PHOEBUS (o brilhante), que também era usado pelos gregos em sua face de Deus da Luz.
Em seu papel de curador, seus nomes incluiam Akesios e Iatros, significando "o que cura". Ele também era chamado Alexikakos "o que restringe o mal" e Apotropaeus "o que manda o mal embora" e também era referido pelos romanos como Averruncus "o desviador do mal". Como Deus das Pragas e defensor contra ratos, Apollo era conhecido como Smintheus "o que caça ratos" e Parnopius "o grilo".

Os romanos também o chamavam Apollo Culicarius "o que afasta a doença". Em seu aspecto de cura, os romanos o chamavam de Medicus "o médico" e tinham um templo a ele em Roma, provavelmente perto do templo de Bellona.

Como Deus da Arquearia, Apollo era conhecido como Aphetoros "deus do arco" e Argurotoxos "com o arco de prata". Os romanos se referiam a ele como Articenens "o que carrega o arco".

Como um Deus Pastoral Apollo era conhecido como Nomios "o que anda".
Apollo também era conhecido como Archegetes "o diretor da fundação", o que assistia as colônias. Era conhecido como Klarios "lote de terra", por sua supervisão sobre cidades e colônias.

Outros nomes de Apollo era Delphinios significando "do útero" em sua associação com Delfos. Em Delfos, ele também era conhecido como Pythios. Uma aitiologia nos hinos homéricos ligam esse epíteto com os golfinhos. Kynthios era outro epípeto, o ligando a seu nascimento no Monte Cynthus. Também era conhecido como Lyceios ou Lykegenes "dos lobos" e "da Lícia", onde alguns postulam que seu culto teve início.

Especialmente como Deus da Profecia, Apollo era conhecido como Loxias "o obscuro". Também era conhecido como Coelispex "o que vigia os céus" pelos romanos.

Apollo recebeu o epípeto de Musagetes como líder das Musas e Nymphegetes como líder das ninfas.

Acesius era o sobrenome de Apollo sob o qual era cultuado em Elis, onde um templo na ágora fora eregido. Esse sobrenome, que tem o mesmo significado de "aquele que evita o mal."

Entre os celtas:
"Apollo era adorado ao longo de todo o Império Romano. Nas terras celtas, era tradicionalmente visto como um deus solar e de cura, assim ganhava qualidade de outros deuses celtas com as mesmas características.
Apollo Atepomarus "o grande cavaleiro" ou "o que possui um grande cavalo" era cultuado em Mauvrieres. No mundo celta, o cavalo era ligado ao sol.
Apollo Belenus "o brilhante". Esse epípeto foi dado a Apollo em partes da Gália, Norte da Itália e Noricum (na moderna Austria). Assim, era um deus solar e de cura.
Apollo Cunomaglus "senhor dos cães". Um título dado a Apollo num templo em Wiltshire, provavelmente como um deus da cura.
Apollo Grannus. Grannus era um deus de fontes de cura, posteriormente igualado a Apollo.
Apollo Moritasgus "massas de água do mar". Um epípeto de Apollo em Alésia, onde era cultuado como Deus da Cura, provavelmente como deus dos médicos.
Apollo Vindonnus "o da luz clara". Apollo Vindonnus tinha um templo em Essarois, perto de Chatillon-sur-Seine na Borgonha. Ele era um deus de cura, especialmente para os olhos.
Apollo Virotutis "o benfeitos da humanidade". Apollo Virotutis era cultuado em locais como Haute-Savoire e Maine-et-Loire."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Oferendas para Deméter

Como eu sou muito boazinha (ô mentira deslavada... rs), neste post da série sobre culto à Deméter, resolvi colocar mastigadinho para vocês algumas dicas de oferendas para a Deusa.

Para ler os outros posts da série, cliquem aqui e aqui.

- Comida: carne de porco, trigo, comidas com grãos, pão;
- Bebida: cerveja, tanto de cevada quanto de trigo (tipo Weiss);
- Velas: verde, marrom, azul escura;
- Incenso: ópio, olíbano;
- Ervas: melissa;
- Flores: papoula;

Acho que textos e poemas são também uma boa oferenda. Se você não quiser criar nenhum, sugiro a leitura do Hino Homérico à Deméter (ou de um trecho, já que ele é gigante) e do Hino Órfico. Alguns autores que recontam os mitos também são legais, por exemplo, O Carlos Calasso e seu "As Núpcias de Cadmo e Harmonia".

Essas oferendas foram ideias tiradas de várias fontes, como site do Reconstrucionismo Helênico no Brasil, o Theoi Project, o livro "Archetypal Image of Mother And Daughter" (Karl Kereny) e de conversas com outros pagãos por aí.

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Ainda está rolando as inscrições para o sorteio de um exemplar do livro "Aradia". Para saber como se escrever, leia este post.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Só pra lembrar que...

... dia 26 tem sorteio do livro "Aradia - O Evangelho das Bruxas" aqui no blog.

Para participar, deixe um comentário com seu nome e e-mail neste post.

O sorteio será feito pelo site Random.org.

Participem e boa sorte! =)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma questão de imagem

Eu sou uma fã de seriados. Alguns seriados me cativam mais que outros. Sou mais do tipo CSI do que Melrose Place. Sou uma completa fã de Supernatural. E por influência da minha mãe e do meu marido, dois outros viciados em séries, estou nos últimos três dias assistindo O Mentalista como uma doida.
Estou no décimo segundo episódio da primeira temporada. Isso significa que gastei ai umas 10 horas dos meus últimos dias de férias com o seriado já, *risadas*; e está me dando uma perspectiva bem interessante da coisa.
Então vem a pergunta: e o que diabos isso tem a ver com bruxaria?

(se houver por aqui quem não queira saber sobre o episódio 12 da 1ª temporada, eu aviso que este artigo vai conter spoilers. e nesse caso, deixe um comentário e eu te passo uma versão resumida da minha linha de raciocínio)

O pano de fundo do décimo segundo episódio, Red Rum, é esse. A primeira vista é que o assassinato tenha sido feito em um ritual de magia negra, e então eles acabam chegando até a única wiccana da cidade como suspeita. O fato é que, assim como quase todos os assassinatos por "magia negra" que acontecem no mundo real, o assassino não em nada a ver com magia ou bruxaria e faz isso para distrair a polícia e sair ileso (ou se for acusado, por a culpa no capeta e se safar como maluco). Quer dizer, por um lado, eles mostram que bruxaria é algo que não é ruim para os adolescentes (na verdade tinhamos um adolescente espancado que buscava na wicca conforto e segurança), e dois dos policiais da equipe acreditam totalmente no assunto (no caso de um deles, ele tem pavor de bruxaria, e no caso de outra personagem, ela é uma mulher de fé, mesmo diante do ateísmo e ceticismo absurdo do mentalista).

Não parece tão ruim, ahn? Pelo contrário - nós temos, ainda que seja engraçado esse ângulo do medo de um, ou ainda que mentalista seja forma geral um seriado muito cético (o personagem principal é um ex falso vidente), a wicca é vista como algo "não prejudicial".

Preconceitos? A equipe é muito realista - policiais tendem a rotular tudo que fuja do padrão como potencialmente perigoso, e isso vai de grupos ambientalistas a bruxos (e a cada episódio eles se vêem tendo que enfrenhtar esses preconceitos, porque os ambientalistas sempre são suspeitos e nunca são culpados, rs). E aí é que vem a parte que realmente me incomoda.

A bruxa em questão era uma freak. Sabe, aquilo que a gente costuma chamar jocosamente de pink wicca e que opessoal gringo chama de fluffybunny? Roupas estranhas, colares espalhafatosos, olhar de drogada e um tantinho fanática. Com um passado de problemas psiquiátricos leves, e uma vida bem ruim antes de entrar na religião.

Que existe preconceito contra tudo que é diferente, é um fato. E religiosidade diferente da usual já tende a ser encarada com preconceito. Então eu fiquei pensando - o que será que a própria comunidade neopagã não faz que acaba piorando uma imagem distorcida? Não dá para negar que a gente com certeza conhece pessoas como a bruxinha do seriado.

Não estou justificando o preconceito. No meu mundo ideal, isso não existe e todos são aceitos como são. Mas não estamos em Star Trek. E assim como existem atitudes que fazem uma mulher andando sozinha ser encarada como um alvo fácil por um agressor, existem atitudes que tornam as pessoas um alvo fácil para o preconceito.
 

Acho que vale a pena pensar - como a gente se apresenta para o mundo? Será que nossa atitude não reforça preconceitos?

Será que não existem posturas que fazem neopagãos e bruxos em geral parecer com os neopentecostais fanáticos, que assim como os pagãos pink queimam o filme de tantos neopentecostais que são pessoas bacanas?
.
Não acho que vc precise se vestir como uma freira ou padre. Só agir com naturalidade. Ser você mesmo e não um personagem criado para chamar atenção ou desviar as pessoas de quem você é. Personagens são legais, fazem nos sentir seguros - eu sei, eu jogo RPG a catorze anos. Mas personagens tem seu lugar - na mesa de RPG ou outros jogos de interpretação. Quando contamos histórias. No teatro. Mesmo em alguns rituais, dentro de um contexto, se interpreta um papel. .

Mas o personagem é importante porque podemos tirar a máscara e guardar. E sermos nós mesmos.

Uma vez, conversando com a Pietra, ela falou sobre como quando ia dar uma palestra ela tomava o cuidado de usar roupas normais. E isso me colocou para pensar. Com essa atitude, ela ajuda a mostrar que bruxaria é algo normal, não para aparecer na TV em época de dia das bruxas com áudio de filme de terror da década de 50. 

Então, fica a reflexão. Como você se mostra para o mundo? Suas atitudes reforçam preconceitos ou ajudam as pessoas a verem que todos somos pessoas completas, com uma vida normal? Você está sendo você mesmo para o mundo, ou está preso dentro de um personagem que cedo ou tarde pode sufocar você?

E isso vale, sim, principalmente, para um contexto religioso, mas também para várias outras coisas. Precisamos pensar como relações públicas as vezes. E principalmente - temos que viver nossa vida para nós mesmos, e não agindo como as pessoas esperam que a gente aja.











como você quer ser vista? 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Links sobre stregheria

Como vocês devem ter visto, estamos fazendo umas alterações aqui no blog. Uma delas é tirar links que estavam sobrecarregando nosso layout. Então aqueles links do "Mais stregheria" já eram.

Mas como eu sou virginiana prevenida, salvei todos eles no meu Delicious!

Aqui está, para quem quiser: http://delicious.com/InesRaven/stregheria

Se eu for encontrando coisas legais, vou continuar indexando lá.

Para quem não conhece, é um site para compartilhar links. É muito legal!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sorteio de Livro

Queridos leitores,

Nós estamos pensando em algumas coisinhas legais para incrementar o blog e a primeira é esta: vamos sortear um livro para vocês!

Nosso primeiro presentinho é o clássico dos clássicos da Bruxaria Italiana: "Aradia - O Evagelho das Bruxas". Mas olha, vou ser sincera com vocês. O livro era meu, li umas duas vezes e nunca mais mexi. Portanto, ele é usado, mas está praticamente novo. A edição é essa da Madras aí do lado. Não tem comentários, mas tem todos os textos em português e em italiano.

Para participar, só comente aqui no blog, deixando seu nome completo e endereço de e-mail. Nós pegaremos o número do seu comentário e usaremos em um sorteio feito pelo site www.random.org. Enviaremos um e-mail para o ganhador. Se ele não responder em sete dias, fazemos o sorteio novamente. Vale para todos os leitores que moram no Brasil.

O sorteio será no dia 26 de fevereiro. Portanto, vocês tem 20 dias para se inscreverem. Mas podemos aumentar esse prazo, ok?

Para quem quiser ler o resumo e as informações da editora, clique aqui.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Gênero e bruxaria

Sempre me perguntam por que os praticantes de Bruxaria Italiana se dizem streghe, como plural de strega, ou seja, bruxa. Na verdade, fica a ideia de que, para praticar Bruxaria Italiana é necessário ser mulher. E essa é uma ideia que me incomoda um tanto.

Bruxaria e magia independem de gênero. Dependem basicamente de intenção, energia e papel.

Intenção, desde o sentido de estudar e querer fazer acontecer. E como. Uma vez que uma pessoa é instruída a um feitiço, uma reza, uma cura, qualquer um pode praticá-la. Porque é uma questão de aprender a fazer e fazer.

Energia, pelo conhecimento de manipulação do que permeia o nosso mundo físico e o mundo espiritual. Está tudo na Natureza. E com o conhecimento, aprendemos a mexer no que cura, no que limpa, no que leva a intenção ao seu propósito.

Talvez a pegadinha se encontra no papel. Porque quando falamos disso, estamos falando das diferenças de grupos. Em alguns grupos, os homens podem trabalhar apenas como xamãs, ou como cuidadores do fogo, ou como orientadores dos neófitos.

As energias dos Deuses e da Natureza até se dividem em feminino e masculino e cada qual tem seu papel. O macho fertiliza, a fêmea gesta. Porém, vale pensar que existem muitos seres que fazem esse movimento de formas diferentes... cavalos-marinhos, pingüins, bactérias, dragões de comodo.

O tempo e a necessidade de cada grupo, mesmo dentro da Natureza determinam esses papeis. Assim, as pessoas devem se sentir encorajadas a buscar sua espiritualidade, buscar sua ancestralidade. Porque através delas, entendemos nosso lugar no mundo, independentemente de gênero.