Quando me descobri grávida, passado o choque inicial, veio uma aceitação que surpreendeu algumas pessoas. Minha resposta foi simples: passei os cinco anos anteriores a minha gestação adorando uma Deusa da fertilidade. Cedo ou tarde ela cobraria seu tributo.
Acredito que a primeira coisa que nos faz mudar de paradigma sobre como encarar uma gravidez, é abandonar a postura de indefesa e assumir o controle da situação. Um ato mágico presume uma vontade consciente, e encarar a gestação assim permite aproveitar melhor a sensibilidade que a situação produz.
Fui ter meu filho em uma Casa de Parto, sob os aupícios de Leboyer, Odent e minha falecida bisavó, parteira formada.
A consciência do processo permite uma calma que não se vê nos filmes. Foi um verdadeiro ritual. Caminhando o tempo passa melhor e eu podia rezar , invocar proteção. Diana é, afinal, Aquela que protege os partos...
Muitas sociedades antigas sabiam bem que a dor se presta ao papel deprovocar estados alterados de consciência. Dizem que parturientes podem se tornar irracionais como bacantes, uma resposta da mente (e do espírito) para a racionalidade exacerbada. Através dos muitos relatos de parto que tive contato, percebi que quanto mais a pessoa tenta se manter no domínio racional, menos consegue e mais violento é o transe. Por isso muitas mulheres não conseguem lembrar da dor, ou de horas inteiras do trabalho de parto. Tentar racionalizar não funciona. Apolo e Atena terão muito tempo nos meses seguintes. O parto é domínio das divindades ctônicas e do inconsciente.
O poder do parto é xamânico: aquilo que separa vida e morte é muito sutil, e deixa passar mais do vislumbres. O ar se enche de estática e a percepção aumenta totalmente.
É uma via dupla: o filho está tão participante quanto a mãe, e as mulheres dizem que eles já nascem "empoderados", atuantes. Uma criança trazida assim já tem um olhar mais vasto sobre o mundo: ele é parte dele, é um pequeno lobo.
O parto termina súbito, mas sem perder a característica de ritual. Depois do bebê, a placenta. A bolsa que carregou a criança, e que não é parte nem da mãe nem do filho, algo que está fora do tempo e do espaço. Foi parar enterrada nas raízes de um pé de angico, árvore bem grande e velha conhecida, dias depois, para garantir que essa criança soubesse sempre encontrar seu lugar. Paguei meu tributo, devolvendo a bolsa a terra.
Mas vcs já devem estar cansados de tanto ler, e eu me desculpo por me extender tanto...
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Água
Estou lendo um livro que trata de histórias sobre mal olhado. E o interessante é que existem muitas formas de curar o mal olhado com água e azeite.
Na verdade, eu fiquei pensando muito na água como um catalizador de curas.
O dr. Masaru Emoto faz pesquisas com a água e percebeu que suas moléculas mudam quando é impresso nela pensamentos. Desde os mais horríveis até os mais bonitos, como uma benção budista, a água toma a forma do que se coloca nela... Trata-se do elemento mais receptivo da Natureza.
Agora imagine: somos 70% água... o que será que estamos imprimindo em nossos pensamentos que pode estar se manifestando em nossos corpos?
E se assim é, podemos transformar toda essa água em cura.
Hoje minha mãe não passou bem e num copo de água coloquei a palavra CURA. Ao longo do dia ela foi se recuperando.
Então antes de vc tomar um copo de água, cuidado com o que vc pensa =)
www.masaru-emoto.net
Imagem: http://www.mulderagro.nl/fWater.htm
Água que foi impressa com a palavra "Obrigada"
sábado, 17 de fevereiro de 2007
Cozinha
A cozinha já é quase uma tradição. É lá que a Magia acontece. Misturando o ovo e a farinha no liquidificador, enquanto minha mãe declama as instruções, fazendo uma receita que todo mundo gosta e que sempre está nas festas da família: torta de frango.
O fogo no fogão, a água no leite, a terra na cebola e no tomate, o ar na farinha. O vegetal e o anima, a vida que alimenta a vida. O ovo símbolo da Serpente Criadora... tudo ali tem um porque, um significado, um sentido.
Tudo se encaixa perfeitamente, como um ritual sempre deveria ser. A música é o som das panelas, as evocações a receita, os ancestrais são a tradição oral que passa as receitas da família para a frente, a Deusa a energia feminina que permeia a cozinha de uma casa onde só moram mulheres - que veêm de uma família que sempre teve mais mulheres do que homens.
E assim a magia acontece e mantém viva não só nosso corpos, mas também nossa amada família!
Imagem de Vesta, Deusa do Lar e do Fogo.
Retirada do site Goddess Myths
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Magia prática: encontrar as amigas!!!
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Tarot - uma prática simples
Muitas streghe são ligadas às artes de divinação. Muitas por questões ciganas, lendo mãos, moedas ou copos de água. Outras, lêem cartas de baralho...
A strega aqui gosta muito de cartas de tarot!
Então, uma prática simples é ler uma carta de tarot toda lua cheia... pois esse é um momento de início de um novo ciclo. Acho interessante pedir aos nossos ancestrais ou aos nossos Deuses mensagens para levarnos nossas vidas...
Vale a pena tentar!!
PS: essa carta é do Gaian Tarot - www.gaiantarot.com
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