domingo, 28 de janeiro de 2007

Massas, comidas e avós


Hoje minha avó veio à minha casa para fazer nhoque para a famiglia...

Cozinhar... é um momento tão profundo de transformação e transformação para o coletivo, pois é o momento de fazer a fartura da Natureza virar vida dentro de nossos corpos.

Esse domingo foi dia de nhoque com molho sugo e o melhor: amanhã, segundo a minha avó é dia de nhoque da fartura.

Então, vamos aproveitar o gostinho de massa caseira, molho feito em casa e colocar sob o prato enquanto nos deliciamos uma nota de dinheiro para que ela se multiplique!

Simples, saboroso e se for feito pela avó: MÁGIGKO!!!!!

sábado, 27 de janeiro de 2007

Um frase...

"Diante dos deuses nada importa além do que você puder criar para si mesmo."

Extraído do livro "A Senhora de Avalon", de Marion Zimmer Bradley.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Reflexões lunares


É 00h34 de uma sexta-feira preguiçosa onde eu não vou precisar trabalhar, eu acho. Por isso estou sentada na frente do computador, tentando criar um texto para o Projeto Stregare, coisa que, eu admito, não fazia há alguns meses.

Meu texto será sobre a Lua. Reparei que lá nós já falamos de milhões de coisas, menos do culto à uma divindade lunar. Estranho, já que na definição de um dos colunistas do site, "a Stregheria é um culto lunar".

Mas é difícil terminá-lo. Muitas questões surgem com esse tema: poraque a Lua? O que ela tem de tão especial? Por que, mesmo quem centra seu culto em figuras masculinas, acaba sendo levado por Ela?

São questões que nem sempre pensamos. Quetões que eu estou martelando no teclado há uma semana. Questões que nenhum livro jamais respondeu, nem jamais responderá. São reflexões muito pessoais e íntimas, que eu estou tentando compartilhar com as sei lá quantas pessoas que lêem o que eu escrevo.

Mas a minha intenção não é - nem nunca será - resolver essas questões. Quero que fique, no ar, a pergunta: por que você cultua a Lua? E qual a diferença que Ela faz na sua vida?

Imagem do site
http://www.umich.edu

Tempestade


Todos os elementos estavam ali: a água caindo, a terra molhando, o fogo dos raios, o ar em movimento. A força dos Deuses colocando o mundo abaixo enquanto todos dormiam, às 3h da manhã.

Verão é tempo de tempestades. De noite, elas parecem ainda mais poderosas. Ouvimos a água bater na janela com estrondo, a terra ficar encharcada. Um momento de poder, de Zeus com seus raios castigar os rios e provocar a enchente tão temida. Mas também abençoar as plantas, dar água aos animais, lavar o ar da poluição e embelezar o céu com suas descargas elétricas.

O momento em que, por mais uma vez, podemos fazer parte da melhor magia que existe: a da natureza! A que é feita sem pompa, sem rituais, sem sacerdotes. Ela apenas acontece quando chega a hora. E leva embora tudo o que não souber aproveitar a sua força!

Imagem retirada do site mundodapachi.blog.simplesnet.pt

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Linha agulha pano tesoura. Sem ter muita certeza do que fazia, me arrisquei. Ia acabar dando certo. Ou não. Meu primeiro problema é que tirava muita linha do carretel, por pura insegurança. A sensação é que nunca tinha linha suficiente. Resultado: um emaranhado de fios largados no meu colo, sem condição de uso.

Descobri que poucas coisas no mundo são tão relaxantes quando desembaraçar linha de bordado. Ou lã. A mente ia ficando no lugar, se concentrando. Re-enrolado o carretel, começr do zero.

Dois nós juntinhos no início da linha. Por hábito (e por lembrar um encantamento com nós lido no livro do Nigel Pennick), faço três. Acabo me hbituando aos três nós, nem penso quando vou fazer. Três nós, nem sempre tão juntinhos como devia ser.

O ponto aprendi com um homem sábio o suficiente para saber que ensinar crianças de cinco anos a costurar não significa crianças com perfurações sanguinolentas no hospital.

O que me surpreendeu mais foi a facilidade com que feltro, linha, tintas, botões, foram virando fadas no meu colo. Sereias. No ônibus, indo para a faculdade, eu costurava novos elfos, com orelhinhas pontudas e enormes asas de borboleta.

Quanto mais me envolvia em feltro e linhas, mas enxergava a magia naquilo. Porque magia é transformação...

domingo, 21 de janeiro de 2007

Conversas de bruxas

Eu sempre achei muito interessante a forma como nós, pagãos contemporâneos, conversamos pela internet. Fico pensando na grande diferença que isso faz nas nossas vidas. Um visita o blog do outro, troca e-mails, frequenta as comunidades do orkut. É algo, realmente, muito interessante e que eu, até hoje, não vi nas outras religiões.

Acho que aí também está uma outra forma de fazermos magia. Nós entramos em contato com os outros, abrimos nossas mentes e nossos corações para conhecer pessoas diferentes e trocar experiências. Mesmo que através do computador, atraímos coisas novas para a nossa vida desse jeito.

Afinal, magia não se faz só na frente do altar...

Música e a elevação

Coisas práticas da nossa vida... e uma delas é a música. Ganhei dos meus pais o novo cd da Loreena McKennitt. Com sua inspiração no mundo, a Loreena nos presenteia com uma visita ao deserto, os portões de Istambul e uma mensagem de Penélope.

Eu estava esses dias numa dessas tarefas cotidianas como lavar roupa e percebi como é gostoso e também importante juntar as coisas. Enquanto a máquina enchia e eu me preocupava com quais roupas iriam juntas, fui acompanhando o andar dos camelos pelo deserto.

Esse é o mesmo cd que vem embalando os meus rituais de lua cheia, pois a sua primeira canção, Incantation, foi inspirada no oráculo de Delfos. Ela te deixa num clima excelente para montar um templo e organizar o ritual.

Ouvir música nos inspira e passamos a ter um repertório que nos ajuda em toda a nossa vida... da roupa... ao ritual =) Isso é magia prática... Isso é fazer o nosso dia-a-dia mágicko!

PS: o cd está em pré-venda no site da Livraria Saraiva.

Uma breve introdução

Antes de mais nada, acho que é importante uma pequena introdução sobre as nossas crenças de streghe. Por isso, vamos fazer um breve F.A.Q.

- O que é a Stregheria?
Stregheria ou Stregoneria é a Bruxaria Tradicional Italiana. Pode ser definida, a grosso modo, como um sistema de práticas e crenças mágico-religiosas derivadas das antigas tradições pagãs dos romanos, etruscos e outros povos que passaram pela Península Itálica ou povoaram a Itália.

- Por que as pessoas se interessam por ela?
Pelo mais diferentes motivos. Ancestralidade italiana e interesse pelo país são dois motivos muito comuns. Mas casa strega (bruxa) tem uma história para contar sobre isso.

- O que é preciso para ser uma strega?
Pergunta complicada. Acima de tudo, muito estudo, fé e paciência. Você não precisa, necessariamente, pertencer a um grupo ou a uma família tradicional de bruxas para seguir a Stregheria. Mas sem um mestre e um clã, você tem que se esforçar em dobro em suas pesquisas e práticas.

- No que as streghe acreditam?
Em Deuses que são identificados com a natureza. Em espíritos ancestrais que olham por nós. Em espíritos da natureza. Muitas crêem também em reencarnação e na vida após a morte.

- Quais Deuses vocês seguem?
Algumas streghe cultuam Deuses romanos, como Diana e Apolo. Outras, Deuses etruscos. Outras cultuam santos. Depende da strega e do que ela aprendeu e praticou.

- A Stregheria é uma tradição da Wicca?
Não. A Wicca bebeu da Stregheria para ser formada, mas esta não foi muito influenciado pela Wicca como nós a conhecemos.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Novo projeto!

Bem vindos ao nosso novo projeto!

Nosso objetivo é falar da Stregheria, a Bruxaria Tradicional Italiana, de uma maneira prática.

Queremos mostrar como a Bruxaria, o Sagrado, a Magia e o amor aos nossos ancestrais fazem parte do nosso dia-a-dia, do nosso cotidiano.

Somos streghe (bruxas), que moram no Brasil, que tem origens, práticas e crenças diferentes, e que vão contar aqui um pouco do que é ser uma strega (bruxa).

Esperamos sinceramente que vocês gostem deste projeto e ajudem-nos a construí-lo.

Bênçãos de Apolo e Diana,
Colaboradoras do Stregheria Pratica.