quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Coisinhas

Mudamos o nome da seção "Mais praticidade" para "Nós recomendamos". Aproveitando a deixa, linkamos o texto da nossa amiga Cássia Larrubia - que já foi citado aqui -, "A perfeita vida pagã" (no Tribos de Gaia), e um outro do também amigo Hermínio Portella sobre a relação entre santos e Deuses (que foi colocado em seu blog, o Boteco de Ares).

Esperamos que gostem! :)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Viver o mito, ser o mito

Todos nós carregamos o DNA Divino... temos uma herança divina.

Sinto que isso é uma coisa que vai muito além de ser filhos desse ou daquele Deus e/ ou termos essa ou aquela crença. O que eu sinto é que, quando nos propomos a efetivamente aceitarmos o que somos e assim, aceitamos nossa herança em sua totalidade, passamos a enxergar as coisas de uma forma mais clara. Nessa hora, vem o clássico, "Noooossa... como eu não me dei conta antes" e parece que os mitos da sua deidade e a sua se entrelassam magickamente.

Roberto Calasso escreve (nas Núpcias de Cadmo e Harmonia):

"(...) já Sócrates, pouco antes de morrer, havia esclarecido: "entramos no mito quando se entra no risco e o mito é o encanto que naquele momento conseguimos fazer agir em nós. Mais do que uma crença, é um vínculo mágico que nos envolve. É um trabalho que a alma realiza sobre si mesma". De fato é belo este risco e sucede com estas coisas, de certo modo, encantar (epádein) a si próprios. Epáiden é o verbo que designa o canto fascinante. Estas coisas, são os mitos". (pag. 193)

"Há séculos se fala dos mitos gregos como se fossem algo a ser encontrado, que tivesse de ser despertado. Na verdade, são aquelas fábulas que esperam ainda acordar-nos e serem vistas, como uma árvore frente ao olho que se reabre". (pag 194)

Quando eu abro meus olhos, quero que eles encontrem a árvore... o loureiro...
Ave, Phebo!!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Ler tarot sem tarot

Ok... assumo que pode parecer esquisofrênico... mas deu certo.

Na verdade, não achei que uma coisa assim daria, mas deu. E assim eu penso como a coisa do Inconsciênte Coletivo é viva e acertada e como sim, os símbolos, os arquétipos construídos pela humanidade apenas precisam de um chamamento do consciente.

Tudo começou numa manhã esquisita de novembro - aliás, o que não foi esquisito em novembro?

Bom, uma colega de trabalho parecia bastante chateada com uma situação que estava vivendo e começou a chorar de angustia. Não consegui me conter... achei que precisava dar uma ajuda para essa pessoa. Olhei para ela e disse: "Rápido, fala três números... agora, agora!", no melhor estilo capitão Nascimento.

No meio das lágrimas dela, ela começou... 3, 7, 5... Conclusão, 15, O Diabo.

Conversei com ela, ai sim, como se tivesse fazendo uma leitura de cartas para ela, falando das posturas maduras da Imperatriz, da mobilidade e do movimento do Carro e de um futuro regrado e de aprendizagens do Hierofante. E de como ela poderia fazer um movimento para se desufocar das influências do Diabo e tirar o melhor que ele tem a oferecer, em termos de viver bem no plano físico.

O entendimento da pessoa e sua gratidão foram tão grandes que mal importava se as lâminas estavam ali fisicamente.

Foi uma experiência muito diferente, que eu não tenho certeza que quero repetir todos os dias, mas que funciona, funciona =)
Se mais alguém tiver alguma coisa parecida que fez ou que vivenciou, conte pra gente!

Imagem: A Lua, de Thalia Took - http://www.thaliatook.com/

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A perfeita vida pagã - de Cássia Larrubia

"Quando comecei a estudar bruxaria, tinha um pensamento: que pessoas que trabalhavam a espiritualidade não tinham mais grandes problemas. Que conforme o tempo fosse passando, eu me tornaria uma espécie de mestre zen.

Nada mais me atrapalharia, tiraria meu sono, me faria chorar. Forte como uma rocha, eu seria profundamente intuitiva e saberia com antecedência o rumo da minha vida, flutuando por ela.

A realidade se tornou bem diferente".

Um ótimo pensamento como nos reconstruímos dentro da nossa prática...

Para ler integralmente, clique aqui!

Praticidades e praticalidades do nosso culto

Estava pensando esses dias... depois de fazer com as amigas uma "batida de cascos", fiquei olhando para aquilo e me lembrando de mts ritos e rituais que já fiz.

E todos tem uma coisa seriamente em comum: sempre acontecem como se fosse uma festa. Com roupas especiais, maquiagem, preparação de altar, comidas, oferedas... Tudo planejado para ser uma união entre o terreno e o divino. Um momento no qual as chamas internas crescem e somos tomadas pelo fogo dos nossos Deuses.

Porém, na louca vida paulistinha, paulistana, paulista-sul-sancaetanense, nem sempre podemos fazer as grandes festas que nossos Deuses e Ancestrais merecem. Tem dias que a Lua Cheia cai em plena quinta-feira de rodízio. Para mim, é aqui que entra a praticidade do nosso culto.

Sim, pq nem sempre uma magia pode esperar a próxima lua cheia... O que se faz?

Senta-se na cozinha e faz- se um chá, uma oração, uma oferenda.

E por que isso funciona como as festas?

Porque nas festas fazemos nosso contato e com as pequenas homenagens e bênçãos que fazemos e carregamos em nosso dia a dia, tenho a impressão que os Deuses passam a nos olhar com boa-vontade.

Servir aos Deuses, fazer uma homenagem digna da grandeza Deles, nos ajuda a entender a Natureza Deles e assim, ganhamos em confiança... nos tornamos efetivamente seus filhos.

Orações, ofertas de incenso, chás e ervas... rezas e a bendição de Seus nomes... é assim que com o tempo e a sinceridade dos nossos corações, os Nossos Deuses nos ouvem, nos sorriem e, algumas vezes, literalmente, nos tocam =)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eu me pergunto...

... quantas vezes, na comunidade do Orkut ou em qualquer outro lugar, nós vamos ter que explicar a mesma coisa, até que as pessoas entendam que a stregheria não é uma tradição única, não tem uma opinião única siobre tudo, não é constituída de práticas unificadas de magia e de que ela não é como a Wicca que vem de um cara só e segue a mesma linha de pensamento!



A paciência que os Deuses me deram já era pouca... está se acabando...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Atualizações do site

Algumas coisas novas no Stregoneria Brasileira:

Textos:
- O caminho de Glauco, que reflete um pouco sobre como vamos iluminando nossos caminhos;
- FAQ, com perguntas q eu e a Inês ouvimos frequentemente;
- Falando sobre bruxas, que fala um pouco do processo interessante de explicar pra alguém novo, ou de fora, o que fazem as bruxas.

Práticas:
- Anos novos, que pensa um pouco sobre as passagens...

Agenda, com a colocada aqui no blog...

E links... mais links interessantes!

Confiram e querendo conversar, é só escrever!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A cozinha da Rue a gente

Usando a cara-de-pau que a faculdade de jornalismo me deu, mandei um e-mail para a Rue, dona do site Rue's Kitchen.

Achei que ela não iria me responder, que seria mais uma mensagem perdida na caixa de alguém que eu conheço só de ler o site e as postagens no fórum Stregoneria Italiana. Mas não! A Rue me respondeu, deu sua autorização para traduzir o material do site e, ainda por cima, elogiou o nosso blog, dizendo que a forma de entender a stregheria que relatamos aqui é bem parecida com a dela.

E para inaugurar a autorização super legal da Rue, coloco um trecho de um texto dela que eu traduzi chamado "Rue's Though About Benedica and Stregoneria". Em português, o título seria algo como "Idéias da Rue Sobre Benzimento e Bruxaria".

"A melhor definição para minha prática é Magia Popular Italiana [no original: Italian folk healing/magic]. Eu não entendo o termo stregheria em um contexto religioso. O que eu pratico pode ser definido como stregoneria, que significa magia, feitiçaria, magia popular. Eu não sou wiccana. Wicca é uma religião. Stregoneria, não.

Para aqueles que ainda são céticos, magia é real. Os “feitiços” tecem uma tapeçaria em outro plano de existência e fazem com que a sua vontade retorne para morder seu traseiro se você não for cuidadoso, ou se for egoísta e irresponsável. Você conseguirá exatamente o que pediu. Mamãe e papai não estarão lá para corrigir seu feitiço, caso não seja bem isso o que você quis dizer.

Magia popular italiana é um jeito de viver. Você não tem que nascer em uma família de bruxos, você pode ser o único bruxo da sua família. Você não tem que ser iniciado em uma organização, não existe organização. Você está sozinho, a não ser que exista um praticante mais experiente para te colocar embaixo de suas asas. (...)"

Em breve, pretendo trazer mais coisas por aqui!

Thanks, Rue! ;)