terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Novo texto no Tribos de Gaia

Texto fresquinho no Tribos de Gaia. 

Escrevi sobre podcasts, como ouvir e um convite a uma produção maior de podcasts pagãos em língua portuguesa. 

Confiram: http://www.tribosdegaia.org/pietradichiaroluna/pietra29.html

Ainda temos as atualizações:
- Sarasvati: Estórias de Shiva

- Gwydyon Drake: Com que Roupa?Eu Vôo.

- Tuga Martins: Tentáculos Sutis

- Lua Serena: Identidade: Bruxa

- Libéria Al Khadir:Quinze Mil Setecentos E Cinquenta!

Na seção Mitologias:
- A descida de Ganga
de André Melannagi

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Atualização do podcast Bruxaria Italiana para Ouvir

Finalmente!

Depois de quase um mês. Mas enfim... está prontinho, quentinho do forno.

Nesse episódio resolvi tratar um pouco do assunto Aconselhamento Espiritual e como fazer desse momento um ótimo encontro para consultor e consulente.

Para conferir, juntamente a minha agenda de eventos, acesse: http://web.mac.com/dichiaroluna

Espero vcs lá!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Fui aprovada! Palestra na 5a. CWED


Conferência de Wicca e Espiritualidade da Deusa.

Fui convidada pelo Claudiney Prieto para falar sobre algum tópico "streghe" e relacionado com deuses, espiritualidade ou uma grande deusa criadora (não, ele não usou essas palavras, mas foi uma coisa que eu deduzi dado o nome do evento). Então, eu fiquei pensando que falar sobre Diana ia ser um tanto clichê e um tanto não minha prática efetiva. E me coloquei a pensar... O que seria um tópico interessante para dividir com esse público que não é strega, mas que pode vir de uma família de imigrantes... ou ainda, que pode ter ouvido falar alguma coisa sobre isso?

E foi quando me veio: trabalho de família. Ou seja, um lance que eu conheço faz, pelo menos, 5 anos oficialmente, que eu aprendi o que significa lidar com esse tipo de comunidade e o trabalho mágicko e devocional que está envolvido nisso tudo.

Assim, convido a todos para participarem do evento, 5a. Conferência de Wicca e Espiritualidade da Deusa, dos dias 5 a 7 de junho, em São Paulo.

Minha palestra: FAMIGLIA, O BERÇO DA MAGIA DAS STREGHE.
"Os grupos mais conhecidos são provavelmente os covens wiccanos ou os groves dos praticantes da espiritualidade celta. Mas, certamente, existem muitos outros grupos com diferentes nomes, propostas, organizações. Entre os praticantes da Bruxaria Italiana, seja Stregheria, Stregoneria ou Benedicária, existem muitos grupos. Pela popularização da Bruxaria Italiana pelo autor norte-americano Raven Grimassi, sempre que se pensa em um grupo de Stregoneria a palavra boschetto aparece. Porém nem todos os grupos são boschetti. Alguns são comunidades. Alguns praticantes, ainda, são solitários, ou apenas um, em um grupo. E existem as famiglie (famílias)."
Dia 7 de junho de 2009, domingo, às 10hs.

Para mais informações, acesse:
http://www.conferenciadewicca.com.br/

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Selos e Prêmios

Ganhamos mais duas indicações para nosso bloguinho!

O primeiro, o selo Blog de Ouro, veio do Crianças Pagãs. O segundo, o prêmio dardos, veio do blog Art'Voadeira.

Agradecemos aos dois pela indicação! Ficamos muito felizes que nosso trabalho esteja agradando tanto!

Para ambos, indicamos as páginas linkadas no nosso blogroll. Todos, em português e em inglês, valem a pena de serem lidos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Pharmakeia, Deusa Bruxa


Pharmakeia, do grego, a que conhece ervas. Também palavra para bruxa ou feiticeira. Sim, desde a Grécia antiga, aquela que conhece ervas, seus segredos, remédios, venenos e transformações são das chamadas "bruxas". As mulheres sábias, as que tem um olhar mais apurado para o local que habitam, que vivem-junto.

Algumas deidades têm esse nome, pharmakeia. E, geralmente, quando pensamos nisso imediatamente, vamos para Diana, a Reina del'e streghe ou mesmo, Hekat, a Trívia. Seus atributos de senhoras da magia, de trazedoras das mudanças, de conhecedoras dos caminhos e do mundo selvagem, além de uma ampla iconografia e associações com a Lua, fazem com que Diana e a Trívia sejam "top of mind" quando pensamos nas pharmakeia.

Mas, outras Deusas são assim... Circe é uma. A Deusa dos Cachos Claros. Filha de Hélios e Perseis. Circe se faz muito presente na vida de Odisseus, que chega à ilha de Circe e tem sua tripulação transformada em porcos; transformação que não se dá por um passe de mágicka, mas sim, por drogas, por poções. Circe, a que ajuda Medea a se casar com Jasão e é visitada na Itália. Na Velha Bota ainda, Circe é conhecida como mãe do deus Faunus, por Poseidon.

Outra, é a irmã de Circe, Pasifae. A que Brilha em Tudo. A esposa do rei Minos, mãe do minotauro, Asterion. Pasifae também mãe de Ariadne, a senhora do labirinto, e de Fedra. Pasifae conhecedora das ervas, chegou a amaldiçoar Minos por suas amantes fora do casamento, fazendo que ele ejaculasse escorpiões quando se deitasse com outra que não ela.

O que eu acho muito interessante nessa coisa toda é que, Pasifae é a lua cretense... Circe é uma senhora de uma ilha que trabalha com ervas e drogas e se coloca na posição de conselheira ou de interventora.

Sim, as pharmakeia são como as streghe. Talvez sejamos nós como representações físicas dessas Senhoras Antigas, das Senhoras da Sabedoria da Natureza.


domingo, 8 de fevereiro de 2009

Palestra sobre Deusas da Terra

Dia 7 de fevereiro foi dia de Tarde Esotérica, com o tema Divino Feminino. E foi uma tarde muito interessante.

Falei um pouco sobre Deusas da Terra. E, fui pensando e me colocando de como me parece que, com o passar do tempo e com o refinamento do pensamento de um povo, suas deidades também ganham esse refinamento e sofisticação. E que, para os gregos, isso começa com Gaia, a terra que nos sustenta e vai até Perséfone, o trigo de Deméter. Entre as duas, se faz os Mistérios de Elêusis, e com elas vive o segredo da vida e da morte.

O que é muito bonito é que isso tudo acontece com as deusas, sim, mas sem os Deuses, como Zeus, Hades e Poseidon, esses movimentos não se dão.

O que eu quero dizer é que, sim, as Deusas carregam a essência da Terra e da vida, e do sustento. Mas que sem a passagem dos Deuses, do masculino, não fertilizamos e os ciclos não se passam.

Por fim, nessa tarde de Deusas, ajudamos uma amiga a pensar seu feminino e como isso é importante de ser pensado, pois o feminino não é igual para todas as mulheres, nem para todas as pessoas. Leto é um feminino... Deméter, outro. Afrodite, mais um... Athena, ainda outro. E assim somos, pessoas diferentes, como as folhas das plantas tantas sobre o corpo de Gaia.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Deuses americanos

"Um dia estão banhando em sangue todo o exército do império em sua honra e no dia seguinte nem lembram do seu aniversário".

A frase acima, dita pelo sr. Wednesday (Quarta-feira, em tradução livre) é uma das minhas citações preferidas de "American Gods" (Deuses Americanos), do Neil Gaiman. Ele se refere a Mithra, enquanto explica para Shadow, o protagonista da história, o que o Natal significa. E ainda diz que Jesus Cristo é um garoto esperto porque conseguiu um monte de seguidores bem rápido, para a idade deles.

Wednesday - assim como Easter, Ibis, Mama-ji, Jacquel e Bast - é um deus. Todos eles vivem nos Estados Unidos, porque em algum momento de sua existência, alguns de seus fiéis e cultuadores foram parar ali. Alguns na época do colonialismo, outros muitos séculos antes.

O problema é que, hoje, ninguém mais se lembra deles. Não há mais cultuadores dessas divindades. Nem entre os pagãos, que optaram pelo culto a um princípio feminino inominável. Segundo Wednesday, os novos deuses da América são a televisão, os seguros e outras coisas que vieram com o mundo moderno e tomaram o seu lugar. O altar doméstico, para ele, é a tv da sala. E o culto é o programa noturno em que toda a família pára para assistir - aqui seria o Big Brother, ou a Novela das 8. Nem Jesus Cristo compete com eles.

Uma amiga me disse que todo o Neopagão devia ler "American Gods". Eu concordo. Acho que faz com que a gente pense um pouco na nossa relação com os deuses, nas nossas crenças e na nossa ancestralidade. Como é uma obra escrita por alguém que não é pagão - pelo menos não que eu saiba -, não temos parcialiadade e romantismo. Temos uma boa história, com boas referências, com boa pesquisa e uns pontos interessantes para se pensar.

Quem quiser ler, pode encontrar na Livraria Cultura a edição em inglês por R$ 35. Há algumas edições em português no site Estante Virtual, mas o preço é mais salgado.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Daqui do Brasil e lá dos Estados Unidos


Eu tenho alguns perfis em redes sociais de fora do Brasil. Depois que eu matei meu Orkut, eu me coloquei de uma forma mais intensa nessas redes. Uma é o MySpace e a outra, o Facebook. E lá (s) as coisas acontecem de um jeito diferente do Orkut, mas tem coisas que me colocam para pensar num tanto de coisas... Quanto realmente é preciso colocar nosso tipo de Bruxaria Italiana, aquela feita no Brasil para o escopo internacional. Uma vez, uma pessoa veio me mostrar um site sobre Bruxaria Italiana feita na Itália, mas que tinha tradução em português, e eu passei o meu site para ela. Não tenho palavras para dizer como me incomodou o fato dessa pessoa passar a dizer que meu site era parcial e que como eu não explorava as "maravilhas" trazidas a humanidade por Raven Grimassi. Afinal, aquela é a autêntica bruxaria italiana... e essa palavra me pega...

Não que eu ache que ele não presta... Não acho. Acho que ele tem um valor importante no contexto todo do entendimento da Bruxaria Italiana, e principalmente no contexto norte-americano, mas não é a única fonte, a única verdade.

Acho que, ao expor um tanto da minha prática e um tanto do entendimento dos filhos, netos e bisnetos dos imigrantes traz um contexto social e cultural que difere de país para país e isso faz com que os símbolos sejam entendidos diferentemente.

O que fazer?

Estou pensando se o nosso jeito realmente não ê de streghe brasileiras para streghe brasileiras. Ou seja, será que vale o trabalho de querer levantar uma lebre em inglês que faria sentido para muito poucos? Será que não vale mais investir num trabalho em português para falantes de língua portuguesa?

Estou me convencendo que sim... e com os de fora que nos entendem, dialogamos.

Imagem: Bella Strega Aradia, em
http://guaya.deviantart.com/art/Bella-Strega-Aradia-89427325

Pão

Quatro tabletes de fermento "fleishman", como diz a minha avó - o famoso fermento químico, aquele de quadradinho. Quatro colheres de açúcar. O fermento vai dissolvendo no açúcar. Depois vai a manteiga. Derrete tudo e deixa descansar uns 40 minutos. Passado o tempo, é colocar farinha, ovos, mais manteiga (ou banha) e amassar na tábua da mesa.

Na madeira. Se for na pedra ele fica gelado e não cresce.

Amassar, amassar, amassar. Quanto mais sovado, mais fofo ficará o pão. Essa é a melhor parte do processo: enquanto eu sovo a massa, desejo que o ele cresça. E que, as pessoas que o comerem, tenham prosperidade, fartura e alimento. Que ele possa matar a fome e trazer as bênçãos da deusa da colheita. Que ele seja um pedacinho dessa deusa, que vive na farinha de trigo, no leite, no ovo e no meu trabalho.

Eu penso em como, de certa forma, o fazer pão me liga com todas as mulheres que vieram antes de mim, que passaram manhãs sovando outros pães, em mesas de madeira maiores que a minha. Cozinheiras mais experientes, mas que colocaram nesse pouco de massa as mesmas inteções que eu coloco na minha porção.

Depois de sovar, o trabalho é simples. Dividir os nacos, separar as assadeiras, colocar a manteiga por cima, enfiar no forno e esperar o cheiro encher a casa aos poucos.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bruxaria Italiana para Ouvir, podcast


Está no ar o episódio do podcast Bruxaria Italiana para Ouvir com o texto "Ecletismo" da Diana Luciano Grayfox.


A linha segue sobre o olhar sobre os deuses de nossos ancestrais e o seu culto feito, exclusivamente a eles, dentro de algumas tradições e clãs, a minha casa inclusa.


Para ouvir acesse o site do podcast, clicando aqui!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Vida Pagã, podcast

Mais um podcast pagão para conhecermos.
A bruxa Jackie Ayre s produz o podcast Vida Pagã para conversar e discutir questões de nossos pensamentos e práticas.

O primeiro episódio, "Várias faces, um só deus..." fala sobre diferentes correntes pagãs de pensar as deidades.

Como a gente do Stregheria Prática, Jackie coloca que não acha que os deuses são faces de uma deidade maior. Acreditamos na diversidade dos deuses... somos politeístas... mas nem todo mundo é assim.