segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

maternidade mágica

Quando me descobri grávida, passado o choque inicial, veio uma aceitação que surpreendeu algumas pessoas. Minha resposta foi simples: passei os cinco anos anteriores a minha gestação adorando uma Deusa da fertilidade. Cedo ou tarde ela cobraria seu tributo.

Acredito que a primeira coisa que nos faz mudar de paradigma sobre como encarar uma gravidez, é abandonar a postura de indefesa e assumir o controle da situação. Um ato mágico presume uma vontade consciente, e encarar a gestação assim permite aproveitar melhor a sensibilidade que a situação produz.

Fui ter meu filho em uma Casa de Parto, sob os aupícios de Leboyer, Odent e minha falecida bisavó, parteira formada.

A consciência do processo permite uma calma que não se vê nos filmes. Foi um verdadeiro ritual. Caminhando o tempo passa melhor e eu podia rezar , invocar proteção. Diana é, afinal, Aquela que protege os partos...

Muitas sociedades antigas sabiam bem que a dor se presta ao papel deprovocar estados alterados de consciência. Dizem que parturientes podem se tornar irracionais como bacantes, uma resposta da mente (e do espírito) para a racionalidade exacerbada. Através dos muitos relatos de parto que tive contato, percebi que quanto mais a pessoa tenta se manter no domínio racional, menos consegue e mais violento é o transe. Por isso muitas mulheres não conseguem lembrar da dor, ou de horas inteiras do trabalho de parto. Tentar racionalizar não funciona. Apolo e Atena terão muito tempo nos meses seguintes. O parto é domínio das divindades ctônicas e do inconsciente.

O poder do parto é xamânico: aquilo que separa vida e morte é muito sutil, e deixa passar mais do vislumbres. O ar se enche de estática e a percepção aumenta totalmente.

É uma via dupla: o filho está tão participante quanto a mãe, e as mulheres dizem que eles já nascem "empoderados", atuantes. Uma criança trazida assim já tem um olhar mais vasto sobre o mundo: ele é parte dele, é um pequeno lobo.

O parto termina súbito, mas sem perder a característica de ritual. Depois do bebê, a placenta. A bolsa que carregou a criança, e que não é parte nem da mãe nem do filho, algo que está fora do tempo e do espaço. Foi parar enterrada nas raízes de um pé de angico, árvore bem grande e velha conhecida, dias depois, para garantir que essa criança soubesse sempre encontrar seu lugar. Paguei meu tributo, devolvendo a bolsa a terra.

Mas vcs já devem estar cansados de tanto ler, e eu me desculpo por me extender tanto...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Água


Estou lendo um livro que trata de histórias sobre mal olhado. E o interessante é que existem muitas formas de curar o mal olhado com água e azeite.

Na verdade, eu fiquei pensando muito na água como um catalizador de curas.

O dr. Masaru Emoto faz pesquisas com a água e percebeu que suas moléculas mudam quando é impresso nela pensamentos. Desde os mais horríveis até os mais bonitos, como uma benção budista, a água toma a forma do que se coloca nela... Trata-se do elemento mais receptivo da Natureza.

Agora imagine: somos 70% água... o que será que estamos imprimindo em nossos pensamentos que pode estar se manifestando em nossos corpos?

E se assim é, podemos transformar toda essa água em cura.

Hoje minha mãe não passou bem e num copo de água coloquei a palavra CURA. Ao longo do dia ela foi se recuperando.

Então antes de vc tomar um copo de água, cuidado com o que vc pensa =)

www.masaru-emoto.net

Imagem: http://www.mulderagro.nl/fWater.htm
Água que foi impressa com a palavra "Obrigada"

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Cozinha


A cozinha já é quase uma tradição. É lá que a Magia acontece. Misturando o ovo e a farinha no liquidificador, enquanto minha mãe declama as instruções, fazendo uma receita que todo mundo gosta e que sempre está nas festas da família: torta de frango.

O fogo no fogão, a água no leite, a terra na cebola e no tomate, o ar na farinha. O vegetal e o anima, a vida que alimenta a vida. O ovo símbolo da Serpente Criadora... tudo ali tem um porque, um significado, um sentido.

Tudo se encaixa perfeitamente, como um ritual sempre deveria ser. A música é o som das panelas, as evocações a receita, os ancestrais são a tradição oral que passa as receitas da família para a frente, a Deusa a energia feminina que permeia a cozinha de uma casa onde só moram mulheres - que veêm de uma família que sempre teve mais mulheres do que homens.

E assim a magia acontece e mantém viva não só nosso corpos, mas também nossa amada família!

Imagem de Vesta, Deusa do Lar e do Fogo.
Retirada do site Goddess Myths

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Magia prática: encontrar as amigas!!!


No tão esperado encontro do Projeto Stregare as três blogueiras desse reino se encontraram!!

Quanta alegria em poder abraçar que se gosta... em poder fazer planos de futuros encontros...

Conversar a tarde toda nos faz sentir vivas e felizes!!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Tarot - uma prática simples


Muitas streghe são ligadas às artes de divinação. Muitas por questões ciganas, lendo mãos, moedas ou copos de água. Outras, lêem cartas de baralho...


A strega aqui gosta muito de cartas de tarot!


Então, uma prática simples é ler uma carta de tarot toda lua cheia... pois esse é um momento de início de um novo ciclo. Acho interessante pedir aos nossos ancestrais ou aos nossos Deuses mensagens para levarnos nossas vidas...


Vale a pena tentar!!
PS: essa carta é do Gaian Tarot - www.gaiantarot.com