domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que nos faz praticantes responsáveis?

Essa semana me dei conta que, em julho, faz 10 anos que eu dei a minha primeira palestra sobre Bruxaria Italiana. Lá na Casa de Bruxa... e tinha bastante gente. Foi muito legal. E de lá pra cá, eu já escrevi em bons sites que guardaram muitas informações, com gente muito interessante... e que se foram... Me lembro do Bruxas.org e teve o Tribos de Gaia, que foi um projeto lindo! Me lembro de coisas que não deram muito certo e que geraram muito stress e agradeço aos Deuses que tenham ido embora, junto com as pessoas envolvidas. Me lembro de pessoas a quem tinha um tremendo respeito e que vi que não era bem assim, mas, mais que tudo isso, das pessoas que eu conheci, vi trabalhar e que são muito mais do que nomes na web ou fotos no Facebook.

Também conheci gente incrível em encontros como as Convenções de Bruxas e Magos de Paranapiacaba. Conversei com muita gente de trabalhos diferentes do meu em eventos como os Encontros Sociais Pagãos que estive em diferentes estados... ou na Conferência de Wicca e Espiritualidade da Deusa... fiquei super feliz com o reconhecimento no encontro 10 Anos de Bruxaria, organizado pelo Claudiney Prieto em 2008... E sou mega agradecida por ter alguns sonhos abraçados pela Tânia Gori da Casa de Bruxa, como o Chá de Tarot e o Edu Scarfon do Faces da Lua, com a Confraria Brasileira de Tarot. 

Bom, depois dessa elégia, onde eu quero chegar? No fato de que, se expondo, vc ouve um montão de coisas... umas que elevam nossos espíritos, outras que fortalecem nossas práticas, outras que nos preocupam e outras que podemos sanar na hora! 

Algumas vem por comentários no blog... outras, por e-mail... algumas poucas, por carta... ainda temos os vários comentários e perguntas feitas nos encontros, palestras e eventos. E de tudo isso, eu posso dizer que cresci para ter, a cada ano, uma prática cada vez mais responsável. Primeiro, porque lidar com o espiritual não é brincadeira. É um mundo tão real e ativo quanto o mundo físico que vemos e vivemos todos os dias. Deuses, divindades, espíritos da Natureza estão aí, aqui, acola e se decidimos que vamos lidar com eles, que seja com respeito, amor e reverência. Não podemos tratá-los como qualquer coisa, qualquer um... Principalmente se Eles resolvem nos ouvir. Torna-se um relacionamento.

Depois, lidar com magia, intencionalidade, arte e afins fala de responsabilidade porque não podemos sair prescrevendo chás ou banhos indiscriminadamente... imagina se a pessoa tem alergia a uma das ervas?

Ainda, quando lidamos com oráculos, temos de ser cuidadosos com as nossas palavras... precisamos sim aconselhar, mas sem descambar, esculachar ou mesmo apavorar quem nos procura. Tudo bem que algumas vezes, pessoas precisam de broncas... mas não quer dizer que não possa ser feito com educação, respeito e uma voz racional.

Por fim, eu penso, que nossa vida espiritual nos engrandece... quando ensinamos e abrimos portas para pessoas... damos instrumentos para que se trabalhem e sejam melhores, e assim, nossa sociedade ganha... e melhora! Quando aprendemos e ouvimos e descobrimos outras formas de lidar com aquilo que vemos e sabemos. Com o encantamento de ver o mundo físico e espiritual se desenrolando à nossa frente... de ver o céu estrelado e saber que aquilo é um Deus... de andar na terra e saber que é o corpo de Gaia. Viver para ser melhor, experimentar e viver a vida junto com tudo que foi e é Criado... viver bem... isso é espiritualidade responsável!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Valorizar raízes

Depois dessas duas entrevistas, eu fiquei pensando bastante em como diferentes países que passaram por um mesmo processo podem lidar com isso de maneiras diferentes.

A imigração aconteceu no fim do séc. XIX... não tem por onde. Os Deuses e os historiadores sabem que tipos de coisas nossos ancestrais passaram com todo o processo de unificação da Itália. Pobreza, morte, doenças... poucos migraram para a América com alegria, mas certamente com esperança de ter uma vida melhor. Indo para os EUA, foram com a ideia de alcançar o American Way of Life... para o Sul vieram para trabalhar - e muito. A questão principal é que vieram buscando fartura, oportunidade e uma forma melhor de viver. E eu fico aqui pensando na tristeza de deixar sua terra para poder fazer de outra, sua... Sempre que eu ouço as músicas irlandesas sobre imigração, como Spancill Hill, meu coração se parte em um milhão de pedaços, pq eu penso nessa saudade. Porém, quando eu penso que minha família, proposrou aqui, penso que fomos muito abençoados.

A imigração foi um processo de morte. De embarcar num navio para uma terra distante, da qual pouco se sabia. Entrar num barco, andar em águas... da vida ao Hades... e lá, viver em Campos Elísios ou em Tartaros.

Daí, eu fico pensando nas histórias do livro Deuses Americanos, do Neil Gaiman, que fala da vinda dos imigrantes e como eles trouxeram consigo seus Deuses, folclores, conhecimentos e tradições.

Sabe, quando eu passo pelo Memorial do Imigrante, todos os dias, e vejo aquele lugar onde, eu sinto, muito da energia dos nossos ancestrais passou e marcou, sinto uma nostalgia... um que talvez nem seja minha. Mas está ali.

E eu tb fico pensando em como somos privilegiados e felizes aqui. Fazemos nossas coisas ancestrais, sem dúvidas, mas estamos vivendo nossas vidas brasileiras... com feijoada, banho, marronada de domingo e festas de São Cosme e Damião. E acho que aqui devemos valorizar nossas raízes, sejam de onde forem, porque são elas que nos fazem brasileiras e brasileiros... uns que cultuam santos, outros, Deuses Antigos.... que tocam atabaque... que fazem benzimento contra mal-olhado... que tem olhos azuis e cabelos encaracolados. Hoje não precisamos ser caricaturas do que se acredita que seja um português, um italiano, um peruano, um angolano. Não... somos de pés nessa terra... como uma árvore... que também, em si, pode dar frutos que vem das terras de nossos ancestrais. E quem tem mais de uma ascendência, que frutos ricos devem ter...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Da conversa de hoje

na TV Espelho Mágico... foi uma delícia. Um chá da tarde!

Edu e eu conversamos muito sobre Bruxaria Italiana, Tarot... Deuses e pegamos em 3 pontos muito importantes e interessantes da prática espiritual:

1- Ninguém é dono de nada.
Bruxaria, Wicca, Paganismo, Deuses, Tarot... tudo existe... independentemente da gente... Eles estão aí desde antes da gente, vão ficar mesmo que nos tornemos ancestrais. O que quer dizer que não temos como dizer que fulano é o X ou Y de um campo de conhecimento ou ter ciúmes disso. Existem sim grandes marcas. Pessoas que fizeram diferença em cada um desses campos. E isso faz com que as coisas cresçam, são importantes. Mas ainda assim... os caminhos estão abertos!

2 - Tudo tem dois lados... luz e sombra.
Não tem jeito... Bruxaria tem seus percalços... suas dificuldades. Tarot tem, em cada arcano, um lado mais favorável e um lado menos. Tudo é assim. É o equilíbrio da Natureza... O Universo foi feito assim. Dessa forma, não adianta: nenhuma dessas coisas: caminhos espirituais, ritos, preces não são resoluções instantâneas para as coisas e/ou fazendo-os não garante que nunca tenhamos dores de cabeça. Lidamos com elas. Como adultos.

3 - Nossa prática tem de ser um pano de fundo das nossas vidas e não um outdoor.
Resumindo: não adianta sair por aí de capa e espada... de deck e toalhinha se a prática verdadeira e responsável da espiritualidade não acontece. Simples assim.

É muito bom exercitar a nossa espiritualidade no dia-a-dia e conversar com as pessoas... expor... dizer o que pensa... Para isso temos espaços como este. No qual escrevemos o que pensamos sobre Bruxaria, Paganismo, Divindades e quem nos lê, comenta, divide e nos ensina um montão sobre o que fazemos todos os dias.

Agora, com licença... vou assistir "Da Magia à Sedução" com o marido e com os bichos, porque ser bruxa... é isso aí!
Bjos
Pietra

Hoje tem mais uma entrevista!

Na Tv Espelho Mágico, vou conversar com Edu Scarfon sobre Bruxaria Italiana, espiritualidade e tarot.
Mandem perguntas e comentários pelo chat do programa Universo e Magia.

14hs, na TV Espelho Mágico!

Bjos a todos, e depois prometo que faço meu comentário por aqui!

Pietra

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entrevista para o programa Espiritualidade Urbana


Ontem tive uma ótima oportunidade: levar a Bruxaria Italiana para um programa de tv... tv na web, mas tv de qualquer forma. 

Claudiney Prieto foi super gentil e me convidou para falar meia hora sobre a espiritualidade que sigo e que amo, podendo esclarecer questões e mostrar que podemos seguir por muitos caminhos.

Falamos sobre Stregheria x Stregoneria x Benedicária e que, a última é uma efetiva possibilidade e que Bruxaria Italiana, por aí, não é uma exclusividade pagã. E eu acho que isso é uma coisa boa, pois, de alguma forma, mantém as tradições das famílias.

Falamos também sobre Dianus Lucifero e como entender que não se trata de um demônio cristão, mas uma deidade muito importante. Comentei que o que melhor ilustra isso é o conhecimento da mitologia e que, infelizmente, é muito difícil lutar com esses imaginários cultivados a tanto tempo. Porém é uma questão de olhar a natureza. O que é que adorna muitos machos? Chifres, cascos, presas, penas. Um grande gamo sustenta grande galhada... um grande pavão sustenta grandes penas. E com a natureza de masculinidade primal, essas deidades como Dianus, Pan ou Cernnunos carregam essa natureza e a externam como os outros machos que os Deuses criaram. É uma questão de olhar como a Natureza funciona e tirar os preconceitos... é difícil, eu sei...

Por fim, uma pessoa perguntou, lá do Japão, via chat, se uma pessoa que fosse bastante conhecedora do Evangelho das Bruxas seria uma boa strega. Bom, na minha opinião, conhecer bem essa obra faz uma pessoa ser uma strega com bom repertório. De orações, de feitiços, de mitos. Muitos teóricos dizem que o livro não é autêntico, no sentido de sim, carregar folclore italiano, porém não necessariamente vindos da discípula de Aradia di Toscano - aliás, existe alguma controvérsia de se ela existiu efetivamente ou não ou se foi várias pessoas, enfim... A questão é que, conhecer essa obra não faz de ninguém strega, mas dá mais literatura para a pessoa... e que, dentro de uma prática efetiva, ativa e responsável, é importante conhecer muitos folclores. Vale pensar também que a Itália é grande e diversa, logo não podemos colocar a Bruxaria Italiana dentro de uma caixinha e dizer que é assim ou assado apenas... cada lugar é um lugar, com diferentes influências e povos e toques e magia.

Falar de Bruxaria Italiana na tv foi uma delícia... porque acredito que dessa forma podemos mostrar quem somos e que somos ativos, praticantes e não velhas chatas e que se escondem quando as pessoas se aproximam. A espiritualidade, a religiosidade está aí... e devemos fazer dela um pano de fundo, uma coisa que é inerente e não um penduricalho, um crachá ou um status. 

Obrigada, Claudiney Prieto, pela oportunidade. Assim que eu conseguir o video, eu posto =)
Obrigada, Hermes por fazer tudo funcionar direitinho!

Pietra

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dos ritos de sempre

Ser strega é um ofício que vai muito além de fazer celebrações ou de fazer ritos de lua cheia. Muitas outras coisas acabam perspassando a magia e a espiritualidade.

http://pagan-and-proud.deviantart.com/
Uma vela para os Deuses...
Deixo sempre uma vela para meus Deuses queimando no altar. Ela reverencia todos os Olimpianos... ela queima como o fogo de Héstia para os meus ancestrais.

Limpeza de altar...
Pode parecer que não, mas esse tipo de coisa, feito com uma certa regularidade, torna-se um ritual. Aliás, não existe uma prática como essa que não seja um ritual... como a gente tem ao tomar banho ou para cozinhar. Tirar o pó, reorganizar as coisas... os lugares Deles, de acordo com a estação... seus lugares de velas e oferendas... Como a gente gosta de dar uma repaginada no visual, eles gostam também!

Limpeza de casa com velas...
Um trabalho que eu tenho feito com constância é limpar a casa com velas. Não saio com a vela para lá e para cá, mas sempre que a Lena vem aqui limpar a casa mais profundamente, eu acendo uma vela preta para queimar as impurezas da casa... e depois, deixo uma vela branca para purificar e curar a casa.

Tarot para a lunação...
Toda lua cheia peço ao oráculo uma orientação para mim, para que eu possa ser uma pessoa melhor. Sempre ajuda... sempre bom!

Trabalhos...
Bom, esses acontecem de vez em quando e geralmente são curas... ou uma pessoa te pede para curar mal olhado... outras é um aconselhamento... algumas outras ainda, foram para defesa...

É isso... ser strega tem coisa sempre!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ensinar e aprender

Streghe aprendem de muito lugares.

Aprende da família e dos Ancestrais. Aprende do plano espiritual. Aprende do lugar onde vive. Aprende com os outros praticantes do ofício. Aprende com outros que também estão aprendendo. Aprende de quem estuda História, Antropologia, Religião. Aprende da Arte. Aprende da Matemática. Aprende de gente que mora lá longe (viva a Internet!).

Eu vejo isso sempre. Eu converso com meu pai... eu recebo os toques dos Ancestrais em rezas e meditações. Os Deuses se mostram em seus sinais na Natureza e nos contam seus segredos. Aprendemos com o que o gato faz... aprendemos com a sazonalidade das frutas.

E por isso tudo, eu quero fazer minha parte. Ensinar e aprender. Dialogar e conhecer o que está lá fora. E por isso, eu me meto nas coisas... Palestras, workshops, aulas, leituras, rodas de conversa, textos... muitos textos. É para mostrar o que eu sei. É para saber o que os outros pensam e também sabem. É para melhorar o que eu sei. É para mostrar que as pessoas não estão sozinhas em seus caminhos. É mostrar que ser diferente é ok. Eu ouço... traduzo boas ideias... penso longamente sobre o que eu leio... e acaba sobrando para os blogs, para as palestras... e o movimento de reflexão vai e vem.

Sabe, Zeus que me perdoe achar que eu sou a pessoa que vai fazer uma pessoa decidir ser strega... ou bruxa, ou pagã, ou taróloga, ou mesmo, professora. Não! A minha vontade e o meu movimento quando estou em todos esses lugares, conversando, ouvindo, compartilhando o que eu sei e estudo é de divulgar possibilidades. E de, talvez, colocar um pulguinha atrás de suas orelhas para que possam, com responsabilidade, trilhar seus caminhos. Não acredito que nenhuma das pessoas que esteve nas minhas palestras, de 2001 até aqui, se tornou strega por minha causa. Mas acho que muita gente teve o que pensar. E eu digo com a maior alegria: eu tive muito o que pensar, encontrando todas as pessoas que eu encontrei. Aprendi mais receitas para lidar com curas e olho-gordo, por exemplo. Dicas de decks de tarot... receitinhas gostosas de biscoitinhos.

Aprender é abrir-se para novas ideias, conhecimentos e conceitos. É com esse material bruto, construir seus próprios meios de compreender o mundo. Em alguns momentos, dependemos sim da teoria e do estudo acadêmico. São nossos ancestrais teóricos. E graças aos Deuses que eles existem ou existiram... Carlo Ginzburg, Karl Kerenyi, Joseph Campbell...

Ensinar é estar aberto para compartilhar o que se sabe, o que já se passou... É entender o que os alunos já sabem e partir daí para fazê-los conquistar um patamar mais intrincado, uma ideia, uma hipótese mais coesa.

Isso não termina... começa, mas não termina... Ler, escrever, experimentar... sempre temos uma coisa nova para perceber. Sempre!

Ser professora é coisa de tempo integral. Não se relega à sala de aula ou ao banco da cozinha ensinando poções. Somos o que somos o tempo todo.

Assim, deixo os convites abertos a quem quiser conversar coisas bruxas e tarotísticas comigo... Convenção de Bruxas de Paranapiacaba em março... CWED em junho... Chá de Tarot em fevereiro... Festival das Faces da Deusa em março... Confraria Brasileira de Tarot em julho... quem vem? Levanta a mão!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Justiça e cura

Gaian Tarot

Com a Justiça como meu arcano de lunação, eu tenho feito alguns estudos com ela. E um deles me fez revisitar o livro da Joanna Colbert que acompanha o Gaian Tarot. Lendo a parte que se refere à Justiça, temos várias perguntas... e uma delas é "Qual cura posso oferecer ao mundo com base nas lições dA Justiça?"

E por cura, penso que é a parte do nosso caminho espiritual. Não necessariamente a de tirar o mal-olhado ou questões assim, mas a cura do espírito, a elevação espiritual, a melhora do que somos. Ter um caminho espiritual responsável quer dizer implicar em cura... de nós mesmos, até ou principalmente. Pois um bruxo bem cuidado, com bem estar é capaz de ajudar muita gente e de fazer sua comunidade muito mais saudável.

Me peguei pensando: "qual cura, então, eu, strega, posso oferecer para o mundo que me cerca em face à Ordem, ao Ajustamento, à Justiça?"

Talvez tudo isso...
Primeiro, tendo uma prática organizada. E reconhecendo o lugar das coisas. Mantendo o espírito saudável, podemos enxergar as coisas com muito mais clareza e sabemos como lidar com as coisas. Coisas que podem não ser espirituais, mas sim de necessidade de um ombro, de um carinho.
Segundo, sendo responsável. Resumindo, amarrações de amor estão fora de questão.
Terceiro, sendo justo e não julgador. Ou seja, tomando um cuidado pessoal ao pensar, falar e caminhar... Ser justo é uma atitude sua com a comunidade... quando julgamos estamos olhando para fora... e não tomamos responsabilidade.

Por fim, eu acredito que os olhos abertos da Justiça tem de ser os nossos. Olhos internos. Que são capazes de ver com imparcialidade e compaixão. Olhos externos que sabem onde nossos pés devem ir.

Do dia 2 de fevereiro

Hoje eu fiquei olhando as entradas no Facebook e percebi temas em comum... a maioria religiosa.

Dia 2 de fevereiro é dia de Iemanjá =) e muitas pessoas estão com seus corações, espíritos e orações voltadas à Senhora do Mar.

Dia 2 de fevereiro, os druidas e celtistas celebram Brigith, a Deusa do Fogo, da Inspiração e da Forja. Mais orações... purificações.

Dia 2 de fevereiro, entre os romanos, temos as celebrações de Februa, deusa da Purificação.

Hoje também é Dia da Marmota. =) E amanhã, é realmente o Ano Novo Chinês.

Fiquei pensando em como pode ser que um dia seja tão sagrado de formas tão diferentes. O que existe que faz com essa data congregue tantas coisas juntas.

Cheguei a pensar nos caminhos antigos... e cheguei numa metáfora interessante... Talvez essa data seja como a via Ápia... que leva tudo a Roma. 2 de fevereiro é uma data que leva para o sagrado. De todos os cantos. Nessas horas que eu fico pensando tb que não podemos ficar a mercê do calendário civil... Uma data tão sagrada no meio de uma semana qualquer. É como 31 de outubro... já deveria ser feriado =) Religioso!!