quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Estatuas que pulsam


Pegando um gancho no que a Inês escreveu sobre o encontro dela com Ares, fiquei pensando um pouco sobre como as estatuas, quando usadas como parte da devossão por uma deidade tornam-se quase vivas.


Eu me lembro que em 2006 fui à FAAP ver a exposição DEUSES GREGOS. Quem teve a oportunidade de ir naquela coisa - pq foi mt mais que uma exposição, foi uma experiência - lembra-se que ela estava dividida em 2 partes: uma com objetos do dia-a-dia grego e outra com um pequeno pantheon, com estatuas dos deuses dispostas em uma espécie de círculo.


Quando eu entrei, pela direita, fui "fisgada" por um sentimento e quando olhei melhor, tratava-se de uma estatua de Poseidôn, de mais ou menos 50 cm, de 3 mil anos. Mas o que vinha dali era uma energia tão tremenda que parecia que a estatua pulsava, que ela vertia sim energia do mar, uma energia de Poseidôn que vim a entender um ano mais tarde, estando em sua presença.


3 mil anos de existência e eu, na época, com 26... A estatua foi cultuada e sobrevivieu a tantas coisas na História. E assim, quando nós, devotos desses deuses, nos aproximamos de uma energia que é de nosso culto, é de nossa familiariadae, sentimos com força e praticamente vemos a emanação que está ali.


E assim, andando naquele pantheon, olhando dentro dos olhos da Górgona Medusa ou quase beijando a boca do rosto de mármore de Dionísio, é como se tivessemos a chance de voltar no tempo ou quebrar as suas barreiras e animar aquela força de devoção e amor. É como se Eles falassem conosco pelas estruturas de pedra.


Assim, eu entendo perfeitamente o que a Inês sentiu, uma vez que aquelas estatuas que convivemos e que ela abraçou é parte de um culto muito grande, forte e responsável e assim, carrega em si uma energia que nos leva a sentir aquela deidade.


Conviver com essas estatuas de culto e ter nossas experiências com elas nos ajuda, cada vez mais, a entender éntheos.


Imagem: cabeça de Dionisio jovem - Museu do Pergamon, em exposição em Niterói, RJ. Sim, foi essa que eu qse beijei...

5 comentários:

Inês Barreto disse...

Uma vez senti algo parecido diante da imagem de Sat'Anna no mosteiro de São Bento, em SP. Era de uma dor e uma tristeza imensas, um sentimento de doença mesmo. A sensação é diferente, mas é quase igual: o pulsar das imagens.

p.s.: Evoé! =)

Sarah Helena disse...

Essa exposição foi mesmo uma experiência. Ficamos um tempão parados lá, fascinados. Quem vê a foto desse Dionísio não imagina o que se sente parado diante dele... é uma coisa viva. Quando se pensa na idade da imagem, e de quantos antes de nós já estiveram diante daquela imagem...

E eu tbm tive uma epxeriência assim de vibração na exposição Brasil 500, na parte do barroco, tinha uma Nossa Senhora da Paz que emanava uma coisa tão boa, que assustava.

Jump 4 for World disse...

Uma tentativa de salvar a terra de uma catastrofe inter-galaxial.. entre e se informe de como vc pode ajudar a salvar a terra.
Jump 4 the world, de um pulinho lah!

Flávia Kytanna disse...

Eu lembro que quando fui estudar na escola de padres tinha uma imagem de nossa senhora que me chamava muito a atenção, eu adorava ir para a igreja da escola e sentar na frente dela, eu viajava só de olhar para ela, parecia que ela olhava pra mim, algo indescritível, a sensação de sentir uma imagem viva é algo muito, mas muito complicado de explicar.

Inês Barreto disse...

Minha Perséfone anda pulsando... às vezes ela parece que sorri, as vezes ela parece que me encara com olhar de filha rebelde! haha