terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Daqui do Brasil e lá dos Estados Unidos


Eu tenho alguns perfis em redes sociais de fora do Brasil. Depois que eu matei meu Orkut, eu me coloquei de uma forma mais intensa nessas redes. Uma é o MySpace e a outra, o Facebook. E lá (s) as coisas acontecem de um jeito diferente do Orkut, mas tem coisas que me colocam para pensar num tanto de coisas... Quanto realmente é preciso colocar nosso tipo de Bruxaria Italiana, aquela feita no Brasil para o escopo internacional. Uma vez, uma pessoa veio me mostrar um site sobre Bruxaria Italiana feita na Itália, mas que tinha tradução em português, e eu passei o meu site para ela. Não tenho palavras para dizer como me incomodou o fato dessa pessoa passar a dizer que meu site era parcial e que como eu não explorava as "maravilhas" trazidas a humanidade por Raven Grimassi. Afinal, aquela é a autêntica bruxaria italiana... e essa palavra me pega...

Não que eu ache que ele não presta... Não acho. Acho que ele tem um valor importante no contexto todo do entendimento da Bruxaria Italiana, e principalmente no contexto norte-americano, mas não é a única fonte, a única verdade.

Acho que, ao expor um tanto da minha prática e um tanto do entendimento dos filhos, netos e bisnetos dos imigrantes traz um contexto social e cultural que difere de país para país e isso faz com que os símbolos sejam entendidos diferentemente.

O que fazer?

Estou pensando se o nosso jeito realmente não ê de streghe brasileiras para streghe brasileiras. Ou seja, será que vale o trabalho de querer levantar uma lebre em inglês que faria sentido para muito poucos? Será que não vale mais investir num trabalho em português para falantes de língua portuguesa?

Estou me convencendo que sim... e com os de fora que nos entendem, dialogamos.

Imagem: Bella Strega Aradia, em
http://guaya.deviantart.com/art/Bella-Strega-Aradia-89427325

12 comentários:

Nat Sciammarella disse...

Pode ser que você tenha razão, mas também pode ser que não...para mim o diálogo é uma ótima opção, até porque através dele é possível trocarmos experiências!!Esse mês deixei um pouco os livros e intenet de lado para estudar bruxaria italiana da maneira mais prática e gostosa, pelo menos para mim...estou conversando com a minha avó..e apesar dela, minhas tias e minha bisá terem sido criadas no catolicismo..tem muita bruxaria no meio!!!
Bjs!!

Unknown disse...

E tem mesmo... e acho esse um jeito mt bom de vc estudar, sabe?

Acho que o diálogo é importante, mas acho que dar murro em ponta de faca apenas cansa... afinal de contas, será que todos querem dialogar? Ou no limite, ouvir?

Esse é meu lance... pra que colocar um quilo de esforço para mostrar o daqui lá pra fora, quando eu poderia ajudar mais gente daqui de dentro?

Nat Sciammarella disse...

ah...agora entendi melhor o seu ponto de vista!Independente de sua conclusão fique sabendo que tem gente daqui que gosta muito de dialogar e que vc tem dado muita luz para trilhar no caminho da bruxaria!

Nat Sciammarella disse...

finalmente descobri que uma maneira de me comunicar por aqui sem ter blog e afins!!

Unknown disse...

hehe
Bacana isso, não é? Adoro os comentários!

Inês Barreto disse...

Acho importante manter a conversa com o pessoal lá de fora. Mas não acho que precisamos fazer as coisas para eles. Porque lá há muitas opções, há muita fonte, e fontes que vem de um contexto social e cultural diferente do nosso. Aqui não tem isso, ou tem pouco.

Será que não é mais importante fazer o contrário? Em vez de escrever para fora, escrever aqui pra dentro sobre o que rola lá fora?

Unknown disse...

Eu acho que sim, Inês, tanto que traduzi o texto da Diana para o novo podcast... porque existem grandes e boas confluências.

Amanda disse...

Parte da minha família vem da Itália, parte da África e outra parte sabe a Deusa de onde. Gosto muito de estudar a bruxaria italiana, mas não consigo me desvincular do meu Brasil tão querido e de todas essas misturas. As nossas fontes de conhecimento são diferentes por que talvez entendamos de forma diferente por todo o contexto que econtramos na nossa cultura. Acho que a autentica bruxaria italiana é aquela que brota do nosso coração e do amor que temos por essa cultura, não importa se nossos pés estão fincados no Brasil ou na Europa.
Seu blog é ótimo!!
beijocas

Unknown disse...

Obrigada, Fada Bruxa. Eu acho sim que a nossa Bruxaria Italiana perspassa muitas coisas... terras, culturas, deidades... isso é parte da nossa construção cultural enquanto povo.

Sophia Austeros disse...

Isso tudo me lembrou do que meu novo professor disse quando me pregou um grande susto: "Deus abençoe a América do Sul. Deixem que o povo lá de cima se vire".

Mas eu acho que é o que a Inês e a Fada Bruxa disseram.
Você vê como as fontes em língua portuguesa são escassas em vários assuntos. E quando você lê o daqui e o de lá, vê como tem um jeito diferente... E não tem como não ser assim, pois são lugares, culturas e pessoas diferentes...
Bruxaria Italiana na itália vai ter uma cara de Itália, no Brail de Brasil e nos EUA de EUA (me corrijam se eu estiver errada).

É muito difícil achar certas informações em lingua portuguesa e infelizmente não é todo mundo que entende plenamente o inglês (uma delas sou eu)
Então acredito que realmente deve ter um enfoque aqui, pois vivemos aqui, falamos em lingua portuguesa, e é isso...
De nós para nós, deles para nós com nosso jeito. Mas interagindo tudo isso de alguma forma.

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Lórien disse...

Sabe, um dos problemas de quando acmpanho listas e sites internacionais é que eu os sinto às vezes imaturos exatamente nesse ponto: Eles acham que o jeito certo é o deles, e têm ainda mais dificuldade que nós em entender que não é só a nossa verdade que é a certa, sabe?
Quando você diz acharam esse blog parcial, tudo produzido por um humano é parcial, uma vez que não podemos nos isentar dos nossos conhecimentos ao fazer alguma coisa, nem conhecer tudo. Está nas nossas mãos escolher o que alimentar e não alimentar, entende?
Não sei se eu sou exagerada nesse aspecto, mas eu acho que isso sim é um ponto que todos, pagãos ou não, deveriam entender um dia...

Unknown disse...

Eu tb acho, Lórien. Vivemos de ações políticas... e aqui, o lance é esse, seguir uma linha. Afinal de contas, imparcialidade não existe nem no judiciário, infelizmente.

Somos o que somos... só não somos a fonte da única autêntica blá blá blá pq acho isso uma pretensão sem fim.