Coloquei esse texto no meu blog pessoal. É um pouquinho da minha prática e achei que seria interessante dividir por aqui, mesmo não se tratando necessariamente de uma coisa que outras streghe façam.
A Galaxia, o festival de celebração ao nascimento de Zeus, caiu na Lua Nova. O primeiro dia do novo ciclo lunar é quando eu faço meus trabalhos com as deusas ligadas às serpentes, Deméter e Rhea. E como celebrar o nascimento de Zeus sem Rhea?
Aproveitei a data. Fiz as oferendas e uma pequena homenagem a Zeus: sua vela, incenso, mel e artemísia queimada. Há algum tempo não fazia uma oferenda pessoal ao Pater. Costumo trabalhar a sua energia em grupo. Mas esse momento teve um sentimento muito bom de acolhimento, como se Ele tivesse olhando e tivesse curtindo.
Eu também dancei para Zeus. Já havia dançado para Ares e para Apollo, já havia dançado com Deméter, mas nunca para Zeus. Foi uma pequena oferenda, e espero que Ele tenha gostado.
Depois de Zeus, celebrei Rhea com as oferendas tradicionais de leite e incenso. Eu também dancei para Ela. Depois, como eu já estava no clima, fiz o mesmo para os Kouretes. Devo muito a eles, por serem divindades tão ligadas a dois dos deuses que eu mais amo nesse mundo. Usei os utensílios deles que são da Sarah mas que, por uma questão logística, estão na minha casa. Velinha de lamparina num caldeirão, incenso, uma faca e um copo de pinga - que, aliás, é o copinho de vidro trabalhado e base vermelha que eu uso para a bebida de Ares.
Não consegui orar aos Kouretes. Eu conversei com Eles, expliquei porque eu estava ali, diante Deles. Agradeci por tudo que, de certa forma, fizeram por mim. Nesse momento eu olhei para minha imagem de Rhea Cibele, colocada na prateleira um nível acima do chão, e percebi que há um leão de cada lado. Eu procurava leões para representar os Kouretes no meu altar e, de repente, percebi que Eles sempre estiveram ali com Sua Senhora.
Depois eu fui fazer minhas oferendas para Deméter, mas essa é outra história...
terça-feira, 31 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Novidade no podcast - arquivos em MP3
Esta semana tive uma grata surpresa! Os episódios do podcast Bruxaria Italiana para Ouvir foram, também, convertidos em MP3.
O que isso quer dizer?
Que os arquivos podem ser baixados e ouvidos em qualquer aparelho de áudio, MP3 players. Para acessar, clique aqui!
Assim, deixo aqui o convite para quem quiser acessar e ouvir.
E deixo o meu imenso agradecimento ao Danilo que fez essa gentileza!
Enjoy!!
quinta-feira, 19 de março de 2009
Chegando no Paraguai!!
Conheci o pessoal da APAWICCA, Associação Paraguaia de Wicca, e com eles aprendi um pouco sobre como o NeoPaganismo anda pela América Latina. Gostei muito. Eles são como a gente, buscando, crescendo e querendo conhecer.
Então no meio desse processo, cedi uma entrevista sobre Bruxaria Italiana e como podemos olhar as diferenças e semelhanças entre Wicca e Stregheria e Stregoneria.
Foi uma experiência muito interessante!
Para conferir, em espanhol, vá ao blog Brujos Urbanos.
domingo, 15 de março de 2009
Atualização do podcast Bruxaria Italiana para Ouvir
O podcast Bruxaria Italiana para Ouvir está atualizado.
Esse episódio fala de Familiares, aqueles animais físicos e que nos acompanham em nossos trabalhos mágickos.
Para ouvir, acesse: http://web.mac.com/dichiaroluna
E não deixe de ver o blog do podcast com mais algumas dicas e idéias!!
quinta-feira, 12 de março de 2009
De Marte e de Apollo
Ainda falando do Ano Novo Astrológico - que é um momento bem importante para todas nós aqui no blog.
De todos os deuses (no masculino mesmo, porque estou falando de deuses-homens), eu tenho uma relação mais próxima de Marte e de Apolo. Possuo um culto estruturado aos dois, sozinha e em grupo. Eles são os deuses mais presentes na minha vida, junto com Ceres.
Do meu tempo com eles, eu aprendi que há várias diferenças entre os dois.
Marte é mais presente e menos sutil. Portanto, se você deseja cultuá-lo, saiba que ele muitas vezes vai enfiar o pé na sua porta e na sua vida. Ele não gosta de choro nem de lamentações, mas é ele quem te dá força para seguir em frente. Marte também é um deus leal (eu ia colocar fiel, mas Deus é Fiel não ia pegar bem.... hehehe). Mas você tem que fazer a sua parte nesse trato.
Apollo é distante sem ser ausente. É exatamente como a luz do Sol: o astro rei está lá há bilhões de quilômetros, mas a luz dele consegue alcançar a sua pele e te deixar marcas. Ele é mais sutil do que Marte e não se envolve tanto nos problemas humanos. Apollo também é um deus de oráculos, ou seja, conselhos. Enquanto Marte vai de dar um tapa na cara e mandar você engolir o choro, Apollo vai te olhar de cima, ouvir e soltar um tapa na cara em palavras.
Mas ambos também têm semelhanças. Eles exigem disciplina - no culto e na vida. Marte quer a disciplina dos militares. Apollo quer a disciplina que vem da Moderação. Ambos também valorizam promessas e compromissos. E ai de você se quebrá-los...
Em 21 de março, eu vou celebrar esses dois deuses, junto com as outras divindades solares. Eu poderia dizer que vou me despedir de Marte e comemorar a chegada de Apollo, mas não seria verdade. Eu não quero nunca me despedir do Senhor da Guerra, e não é preciso que eu anuncie a chegada do Senhor do Sol, porque ambos estão sempre representados no meu altar, recebendo suas oferendas e suas preces.
De todos os deuses (no masculino mesmo, porque estou falando de deuses-homens), eu tenho uma relação mais próxima de Marte e de Apolo. Possuo um culto estruturado aos dois, sozinha e em grupo. Eles são os deuses mais presentes na minha vida, junto com Ceres.
Do meu tempo com eles, eu aprendi que há várias diferenças entre os dois.
Marte é mais presente e menos sutil. Portanto, se você deseja cultuá-lo, saiba que ele muitas vezes vai enfiar o pé na sua porta e na sua vida. Ele não gosta de choro nem de lamentações, mas é ele quem te dá força para seguir em frente. Marte também é um deus leal (eu ia colocar fiel, mas Deus é Fiel não ia pegar bem.... hehehe). Mas você tem que fazer a sua parte nesse trato.
Apollo é distante sem ser ausente. É exatamente como a luz do Sol: o astro rei está lá há bilhões de quilômetros, mas a luz dele consegue alcançar a sua pele e te deixar marcas. Ele é mais sutil do que Marte e não se envolve tanto nos problemas humanos. Apollo também é um deus de oráculos, ou seja, conselhos. Enquanto Marte vai de dar um tapa na cara e mandar você engolir o choro, Apollo vai te olhar de cima, ouvir e soltar um tapa na cara em palavras.
Mas ambos também têm semelhanças. Eles exigem disciplina - no culto e na vida. Marte quer a disciplina dos militares. Apollo quer a disciplina que vem da Moderação. Ambos também valorizam promessas e compromissos. E ai de você se quebrá-los...
Em 21 de março, eu vou celebrar esses dois deuses, junto com as outras divindades solares. Eu poderia dizer que vou me despedir de Marte e comemorar a chegada de Apollo, mas não seria verdade. Eu não quero nunca me despedir do Senhor da Guerra, e não é preciso que eu anuncie a chegada do Senhor do Sol, porque ambos estão sempre representados no meu altar, recebendo suas oferendas e suas preces.
terça-feira, 10 de março de 2009
Palestra da Tarde Esotérica de Março
Hyperion, Hélios e Apollo: evolução solar.
Eu escolhi esse tema porque no dia 21 de março, ou seja, em poucos dias, o Ano Novo Astrológico se inicia e seremos, até março de 2010, regidas pelo Sol.
E isso me deixa muito feliz. Porque será um bom ano para rolar na grama como um gato em dia ensolarado. Aliás, convido a quem estiver a fim.
O meu foco na palestra foi falar um pouco sobre esses deuses de luz e como são importantes, junto com suas deusas, irmãs, filhas, mães e irmãs, constroem seus papéis.
Hyperion, O que Vê de Cima, nos fala um pouco sobre apoiar sua família e ser o pilar de um movimento de completa renovação. Além, claro, de ser o Pai das Luzes do Céu: Selene, Hélios e Eos.
Hélios, o Sol, o corpo solar, além de falar sobre ciclos, é o pai das pharmakeia, Pasifae e Circe, assim, se torna um deus que energiza o fazer de magia com ervas de suas filhas.
Apollo, o Brilhante, o que tem mais epítetos, nos fala de ser solar... mas que também temos um lado que não parece o mais bonito ou o que queremos mostrar: o das pestes e dos venenos. Mas essa faceta é comum a todos, certo? Sim, certo. Mas em alguns momentos, alguns não esperam isso de Apollo. E assim tb o Líder das Musas surpreende.
Será que 2009 será o ano de surpreender? De trazer à luz o que não mostramos antes? De cauterizar machucados de batalhas de 2008? Tomara!
Por fim, quero desejar a todos um ano novo excelente e que o Sol traga foco, liderança e iluminação a todos!
Pietra, a solar
domingo, 8 de março de 2009
Equilíbrio
Gostei muito deste texto. Ele conversa comigo, pois minhas ideias também são bem apolíneas e buscam o Metrón, a Justa Medida.
O original está em: http://urbanhellenistos.wordpress.com/2009/03/05/balance/
Uma das coisas que vem mantendo meu interesse na religião helênica, não importa o quanto os outros praticantes tentem ou consigam me deixar maluco, é o ideal apolíneo de Moderação e Equilíbrio. Na verdade, esse ideal parece ser mantido por outros pagão mais "sãos", mesmo que não praticantes do helenismo. Eu preciso concordar que as religiões com raízes em Abraão o Paganismo é uma coisa estranha; e também admito que para aqueles que têm a ideia de espiritualidade monoteísta como a "correta", a crença em vários deuses pode parecer "anormal" e, em nossa sociedade, "anormal" pode, muitas vezes, ser traduzido como "loucura".
Em minhas práticas pessoais, eu equilibro muito do "louco" (...) com muita racionalidade. Eu examino minhas experiências ditas místicas com um tanto de lógica, para poder correr atrás de explicações lógicas para os acontecimentos antes de cair em uma fantasia, ou busco, pelo menos, alguma explicação simples e plausível antes de tudo. Na maioria das vezes, as coisas podem ser explicadas com questões completamente mundanas e, em menores casos, não é bem assim.
Em minhas práticas pessoais, eu equilibro muito do "louco" (...) com muita racionalidade. Eu examino minhas experiências ditas místicas com um tanto de lógica, para poder correr atrás de explicações lógicas para os acontecimentos antes de cair em uma fantasia, ou busco, pelo menos, alguma explicação simples e plausível antes de tudo. Na maioria das vezes, as coisas podem ser explicadas com questões completamente mundanas e, em menores casos, não é bem assim.
Agora, a aceitação do mundano não necessariamente incorre na descrença do que é fantástico; mas, o mundano e o fantástico podem coexistir em equilíbrio um com o outro. Um amigo meu uma vez me explicou o paradigma de Apollo e Dionísio como uma forma de dualidade Yin/Yang um tanto mais complexa. Lógica e Ciência ficam no reino de Apollo, tal qual os oráculos e o misticismo, algo que sempre é legado para um lado mais distante da "normalidade". Êxtase e "selvageria" estão sob o domínio de Dionísio, mas também a capacidade de colocar uma máscara e ser convincente, mesmo que por pouco tempo, sendo que para fazer isso é preciso de um grande poder de controle.
Enquanto Nietzsche pintou Apollo e Dionísio de uma forma um tanto ÿin e yang", mas perdeu a parte na qual equilíbrio é necessário para ambos sejam completos, e assim pintou uma imagem não dos dois Theoi mais cultuados na Grécia Antiga, mas de dois extremos, 100% preto e branco. O Apollo de Nietzsche não tem nada a ver com a "moderação" das coisas, mas sobre o controle total sobre si. O Dionísio dele é muito próximo de um “Jimbo Morrison” no filme altamente ficional e exagerado de Oliver Stone, The Doors: um bêbado quase sempre extático, sempre maluco e fora de controle. Ray Manzarek diz que seu personagem era ficcional e que pouco se pareceria mesmo com Jum Morisson na vida real - muito mais do que um poeta e filósofo com quem se tornou amigo, o verdadeiro Dionísio para o Apollo de Ray, que, nas palavras de Manzarek, “[poderia] beijá-lo e amá-lo pela conexão que estabeleceram através da música”.
Enquanto Nietzsche pintou Apollo e Dionísio de uma forma um tanto ÿin e yang", mas perdeu a parte na qual equilíbrio é necessário para ambos sejam completos, e assim pintou uma imagem não dos dois Theoi mais cultuados na Grécia Antiga, mas de dois extremos, 100% preto e branco. O Apollo de Nietzsche não tem nada a ver com a "moderação" das coisas, mas sobre o controle total sobre si. O Dionísio dele é muito próximo de um “Jimbo Morrison” no filme altamente ficional e exagerado de Oliver Stone, The Doors: um bêbado quase sempre extático, sempre maluco e fora de controle. Ray Manzarek diz que seu personagem era ficcional e que pouco se pareceria mesmo com Jum Morisson na vida real - muito mais do que um poeta e filósofo com quem se tornou amigo, o verdadeiro Dionísio para o Apollo de Ray, que, nas palavras de Manzarek, “[poderia] beijá-lo e amá-lo pela conexão que estabeleceram através da música”.
Apesar de Dionísio ser mostrado como "rústico" e Apollo como "urbano", Dioniísio pode ser sentido nos teatros das cidades, em suas casas noturnas, nas festas nos sótãos das casas as quais ninguém admite ter planejado. Por outro lado, Apollo tende a se aventurar nos bosques para estar com suas Nymphai e chorar a morte de Jacinto e outros amores que perdeu. Isso tudo acontece em perfeito equilíbrio, perfeita harmonia. Deixar o êxtase sobrepujar a razão e vice-versa é um convite a impureza espiritual e à loucura. Reconhecer quanto precisamos nos centrar na moderação é uma habilidade importante, pois assim saberemos reconhecer os momentos nos quais passamos na vida.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Entrevista para um blog
Olá pessoal.
Quero convidar todo mundo para ler a entrevista que eu dei para o blog Todos os Clãs.
Ficou bem informal, conversa de amigos mesmo.
Confira:
http://todososclans.blogspot.com/2009/03/xama-entrevista-pietra-di-chiaro-luna.htmlOuvindo: Resposta, de Maysa.
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