Sábado foi dia de Tarde Esotérica no Espaço Viver Alternativo. A proposta foi que cada palestrante falasse um pouco de sua prática, assim, as conversas ficaram bem livres, bem ao gosto do freguês.
Decidi que falaria sobre aliança com uma deidade, pois é uma experiência muito importante na minha vida. Aliás, uma das mais importantes de alguns anos para cá.
A linha de pensamento nessa palestra, que acabou por se tornar uma conversa, na verdade, foi ir entendo como construímos uma identidade. Nascemos e somos parte de nossos pais. E a medida com que vamos crescendo, vamos criando uma identidade que primeiro é centrada em nós mesmos, e nesse momento, achamos que o mundo é feito de nós para nós. Assim são as crianças. Elas não conseguem ver mt além de si.
Depois, com as várias influências do meio em que vivem, da família, da escola, da cultura e de si, vão construindo pedaços. E muitas vezes isso é super interessante porque é com os pedaços de si que acabamos tendo em uma família palmeirense, por exemplo, a ovelha alvinegra (exatamente no caso da minha família... não imaginamos de onde minha irmã foi tirar o amor pelo Timão). Mas esse processo todo é muito rico, pois mesmo sendo parte de um grupo, passamos a assegurar uma certa individualidade. E a maturidade dessa individualidade nos faz ir para buscas mais profundas... e ai vem a espiritualidade...
Claro que alguns querem seguir os caminhos de seus pais, famílias ou grupos. Mas outros querem outros caminhos, querem se lançar.
Assim, antes de encontrar a deidade, vem a pergunta chave: Quem é você?
No curso que a Inês e a Sarah fizeram estudando a Teogonia de Hesíodo, fora dito que os Deuses escolhem seus favoritos pela capacidade que tem de representar aquela deidade na terra. E ai, mora um ponto vital: vc não escolhe... é escolhido.
Quando nos conhecemos a fundo - e nunca tão a fundo a ponto de dizer que não existe mais a conhecer - vamos vendo esses reflexos divinos em nós. E assim, nos dedicamos a conhecer mitos e de repente, mitos e histórias de uma deidade estão em sua vida. BAM! Esse é o momento.
Nem sempre simples... sempre uma surpresa. Descobrir quem te favorece acarreta uma série de responsabilidades e de compromissos. Os Deuses não nos servem. Nós os servimos. E quanto mais nos abrimos para eles, mais vamos entrando em contato com um plano muito superior ao nosso... vamos aprendendo mais e vamos trazendo um andar honrado para as nossas vidas.
Por fim, conversamos sobre se é possível alguma coisa "te tomar" de assalto a alma. Não acredito nisso... sabe por quê? Porque o controle é seu... tal qual o compromisso... e mais que isso ainda, se tudo tem hora e tem lugar, como um espírito qualquer toma alguém sem permissão? Ok, e os Deuses com isso? Bem, quando os Deuses nos tomam, em seus momentos apropriados, quando são chamados, Eles fazem manifestar uma parte deles... aquela que está dentro de nós. E não existe outro jeito senão com preparação e vontade e compromisso de fazer com isso aconteça de forma harmoniosa.
Deixar manifestar é uma forma de fazê-los vir a Terra... não a única, mas uma delas... Que cada um lide com isso da melhor maneira possível.
E que de qualquer forma, a idéia é deixar claro que quando nos conhecemos, conhecemos aos Deuses!
2 comentários:
Apenas complementando o que vc escreveu com a minha própria experiência, a dedicação a uma divindade é algo complexo, mas é muito bom quando sabemos que estamos tão próximos dos deuses da nossa alma e do nosso coração.
É trabalho pra uma vida...
Assino embaixo!
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