terça-feira, 7 de agosto de 2007

Segredos das Streghe


Inês e eu tivemos a chance maravilhosa de estarmos presentes numa celebração na casa da tribo de Hermínio Portella. O que significa que não era nem na minha casa, nem na dela... era um grupo externo aos que nos estabelecemos.


Estar na casa dos outros requer uma certa etiqueta e cerimônia - sim, eu tenho Capricórnio de casa 10! Você não põe o pé no sofá, não vai ao banheiro de porta aberta e procura observar, ao máximo, como as coisas naquela família funcionam.


E quando somos convidados a uma ritualística, a etiqueta tem de ser mágicka.
Como eu venho escrevendo, as streghe têm sim uma coisa de casa fechada, porque ninguém quer sair na revista Caras. Ou sejam, prezam pelos seus caminhos, pelo sussego do lar. É a privacidade, a liberdade de poder calar.


Assim é com a casa alheia. É feio quando saímos da casa de alguém colocando no jornal ou na web o que acontece de mais íntimo por lá. Não fazemos com a nossa, imagina com a dos outros.
A questão toda é que aqui no blog gostamos de compartilhar nossas idéias e experiências, o que sentimos... Mas partilhamos exatamente tudo? Não... Porque algumas coisas podem soar "esquisofrênicas". É como nas antigas ordens, como a Maçonaria ou a Rosacruz... Discrição.
Penso que partilhar seja importante para, inclusive, encontrarmos os nossos pares. Porém confiança é um sentimento construído.


Quando somos convidados em honra, nos portamos com honra. Se uma pessoa confia em nós o suficiente para nos mostrar o que faz, nós somos honradas o suficiente para conversar e comentar a medida que não compromete essa confiança. É, eu sinto, um dos objetivos desse blog.
Pode ser que isso dificulte o acesso à informação, mas também agrega valor a ela, pois quando estamos no ponto, ela simplesmente vem, como uma doce brisa de verão.

9 comentários:

Iony disse...

E tem o fato tb de um dia será a porta da casa de vcs q vai ser aberta, vc receberão e tb não vão querer q suas casas saiam na Caras, certo?Muito bacana como as cosias aconetcem, as descobertas!Fora o fato de se a gente conta algo com muito detalhe tb corre o riscod e ...não sem compreendidos.As vezes é melhor calar e sentir.

Bjos!

Unknown disse...

Iony, acho que esse é um ponto super importante... tem gente que não precisa saber calar, elas precisam ousar calar, pq falam demais e o que não devem...

E, sim, acho que qdo uma coisa é do bico de alguém, ela não acessa ou não entende... E assim, o Universo nos leva para casa =)
Bjokas

Flávia Kytanna disse...

Realmente acho certo não saírem por aí contando sobre o rito dos outros, ainda mais quando se pede para não fazer isso.

Mas como esse blog possui escritos sobre o sentimento de vcs, vcs não precisam contar sobre o rito mas podem contar sobre o que foi essa experiência para vcs.

Contar o que sentiram e como internalizaram determinadas coisas que vcs julgaram importantes, que tipo de conexão sentiram e o que isso trouxe para crescimento interno; sobre isso podem comentar sem problemas, pois isso é o que vcs sempre contam por aqui e nós adoramos. :)

Beijocas Enluaradas

Inês Barreto disse...

Então, mais aí temos outro problema...

Eu tentei escrever o que eu senti no meu "pseudo-livro das sombras", e não consegui...

Se eu não consegui escrever lá, que só eu leio, achei meio complicado falar em público na Internet, pra todo mundo, inclusive gente que eu não conheço...

Enquanto eu não assimilar direito o que aconteceu, e separar o que eu posso dizer do que eu não quero dizer, acho que vou ficar devendo pra vcs... ;)

beijos

Flávia Kytanna disse...

Ok, então, melhor mesmo é refletir sobre o que sentiram e o que aquilo tudo serviu de crescimento para vcs todas, só depois é que vcs vão conseguir escrever, seja no livro que só cada uma lê em particular ou na net para todos lerem, o que importa mesmo é refletir, aprender e crescer.

Devemos respeitar sua opinião Pietra! :)

Mas não nego, adoro passar por aqui e ler os escritos de vcs, realmente ajuda muito, ajuda a ver que as pessoasa podem pensar parecido e diferente, pq é na diversidade de informações que a gente acaba aprendendo sobre nós mesmas.

Beijoas enluaradas

Unknown disse...

Aliás, em uma conversa que tive recentemente comentei como algumas coisas que tentamos colocar em palavras soam esquisofrenia ou que não cabem em palavras mesmo... Talvez caibam em pontuações ... ??? ou !!! =)

Inês Barreto disse...

Uma das coisas conversadas naquele dia que pegou foi que algumas coisas são obscuras. Nã porque não podemos falar o que são, mas simplesmente porque não conseguimos falar.

Unknown disse...

É nessas que vem o calar... NUM GRAU!

Sarah Helena disse...

Num grau meeesmo



por isso que as vezes nem pergunto... =)

tem coisas que só se pode sentir, não são partilhaveis. quem viu viu, senão, não tem...