sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Fogo que transforma


Mais um post da minha série sobre deuses do Fogo.

Hefesto é considerado um deus feio. Ninguém liga muito para ele. Os motivos dados são que ele é coxo e foi passado para trás pela linda Afrodite algumas vezes.

A maioria das pessoas o vê com os olhos da Beleza. Uma pena... Ele tem tanto para nos ensinar!

O que seria de nós sem trabalho? Não só porque precisamos pagar nossas contas no fim do mês, mas porque tudo que temos, que precisamos, que compramos e que usamos tem um trabalhador em um ou em vários lugares nos proporcionando isso. Hefesto é trabalho, é oficina, é manufatura. Ele forja os raios de Zeus, as armaduras de Ares e de Atenah. O que seria do guerreiro sem seu elmo de bronze?

Hefesto é fogo. É vulcão. Penso em seu correspondente romano, Vulcano, que destruiu Pompéia, mas mesmo assim conservou as casas e os corpos. Ele não destruiu, na verdade: transformou. Assim como transforma o ferro bruto em objetos úteis. Graças à sua força, podemos hoje conhecer um pouco mais da vida daquele povo. Acho tão significativo e tão bonito, o deus dos artesãos conversar para nós algo que ele mesmo destruiu.

Nessa época de fogo, junto ao calor morno e aconchegante de Vesta, vem o fogo quente e pulsante de Vulcano.

Para quem quiser ler os mitos de Hefesto, há material no Grecia Antiga.org e o eterno Theoi Project.

Imagem do
Art of The Empath

Um comentário:

Carol Carvalho (Carol Yara) disse...

Eu sei que parece redundância escrever isso, mas conheci nele o responsável pelo fogo das forjas que há 10 anos atrás, conheci na figura de um irmão de santo, meu... e que hoje, com meu trabalho na Umbanda, me fez cada vez mais "me mergulhar" nesse Sagrado Mistério de que todos somos feito! Agradeço a Hefaisto por isso...